Operação de Gecoc, PF, PRF, PC e PM faz maior apreensão de ‘skunk’ em Alagoas
O Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), juntamente com as Polícias Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar desencadeou, na tarde deste sábado (19), mais uma operação com o intuito de combater o tráfico de armas que tem entrada em Alagoas por meio do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares. No entanto, apesar do foco da ação ter sido armamento ilegal, o trabalho resultou na prisão de uma mulher que trazia, de Congonhas (SPP), haxixe e skunk. Além dela, naquele local, um taxista que aguardava a jovem também foi detido. Após as prisões, diligências ainda foram feitas e mais quatro pessoas acabaram sendo presas e ainda foram apreendidos dezenas de quilos de cocaína, maconha e crack. Essa é a maior apreensão de skunk em Alagoas. O valor estimado dos entorpecentes apreendidos é de R$ 500 mil.
As investigações do Gecoc, da Deic, PF e inteligência da PRF iniciaram há nove meses. E, ao saberem que haveria uma movimentação suspeita para Alagoas, os policiais se planejaram para a apreensão de armas de fogo. Porém, no momento da abordagem à mulher suspeita, as equipes se depararam com o crime de tráfico internacional de drogas.
A jovem, que está grávida, vinha sendo monitorada e a primeira previsão era de que desembarcasse às 14h, em Maceió, o que mobilizou o Gecoc e as polícias desde cedo. No entanto, já prevendo alguma interceptação, a mulher trocou o horário do voo, o que acabou também sendo detectado pelos serviços de inteligência.
Diligências
A operação foi montada de forma integrada e, na execução, houve o envolvimento de todas as polícias. Do aeroporto, as equipes, coordenadas pelo promotor de Justiça Carlos Davi Lopes, saíram em diligências e estiveram no bairro Ouro Preto, parte alta da capital, onde foi preso um homem que seria o dono dos entorpecentes que estavam chegando de São Paulo. De lá, todos se destinaram à sua casa, em Rio Largo, onde foram localizados maconha e munição de fuzil 762. A esposa dele, que estava no imóvel, também recebeu voz de prisão. Logo em seguida, os policias foram na casa da grávida, onde prendendo mais um casal com cocaína e crack.
Os presos foram identificados como Josimar Barbosa Alves e David Tenório Navarro Manta, ambos de 27 anos, Thiago Silva de Oliveira, de 22 anos, e as mulheres Elissandra Valeria Alves de Araújo, de 22 , Ana Paula Barbosa Correia, de 35, e Jeniffer .Shirkei Vieira, de 18 anos.
Apreensão
A analise dos entorpecentes foi feita no setor técnico-cientifico da PF. Ao todo foram apreendidos aproximadamente 16kg de skunk, 2kg de haxixe, 2,432kg de cocaína, 500g de crack e mais 5,765kg de maconha.
Vale ressaltar que um quilo de skunk é vendido por R$ 20 mil, enquanto o da maconha comum por mil reais. A disparidade nos preços se dá pela forma de cultivo, preparação etc. Já o quilo haxixe é vendido pelo mesmo valor do crack, entre R$ 15 e R$ 17 mil.
Além das drogas, as policiais confiscaram oito aparelhos celulares, um veículo modelo Prisma, duas balanças de precisão, duas munições de fuzil 762, outra de festim.
A mulher foi usada no processo como mula, que é a pessoa paga para transportar drogas de um lugar para outro.
Segundo os envolvidos na operação, o resultado rendeu grande abalo financeiro para a facção Comando Vermelho da qual são integrantes.
Os presos e todo material apreendido foram levados para a sede da Polícia Federal, no bairro do Jaraguá. Eles foram submetidos a exame de corpo de delito, ouvidos e depois remanejados para o sistema prisional.
Drogas
A skunk é uma variedade da cannabis, tem odor mais forte e maior concentração de substâncias psicoativas. É produzida com o cruzamento de várias espécies, em ambiente fechado e controlado.
Enquanto na maconha a concentração de tetra-hidrocanabinal varia entre 2% a 4%, no skunk ela chega a 30%. Essa maior capacidade de entorpecer altera a coordenação motora e a memória de quem a está consumindo.
Haxixe
Extraído do tricoma das flores e das inflorescências da maconha, pode ser fumado ou ingerido. Depois de preparado, a resina acumulada é prensada, toma forma de bolas ou tabletes endurecidos.
São vários os efeitos, como fotofobia, aumento da pressão arterial, diminuição de reflexos, alteração da memória, entre tantos outros. Ele pode desencadear asma, bronquite e chega a causar câncer de pulmão.
Assessorias