Reeducanda acusada de matar o filho diz ter sofrido estupro dentro do sistema prisional

A Polícia Civil irá investigar uma denúncia de estupro dentro do sistema prisional alagoano envolvendo um agente penitenciário.

A acusação foi feita pela reeducanda Joyce Silva Soares, presa há um ano e cinco meses, desde que foi apontada como responsável, junto com o companheiro, pela morte do filho, Dyllan Taylor, 3 anos, em Arapiraca, no Agreste alagoano.

Segundo Joyce Soares, ela teria sido estuprada por um agente penitenciário, que não teve a identidade revelada. A reeducanda fez a denúncia nesta quinta-feira, 20, na Central de Flagrantes I, no bairro do Farol, e um exame corpo de delito já foi realizado, no Instituto Médico Legal (IML).

Em nota, a Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) afirma que vai apurar as circunstâncias do ocorrido e que o agente envolvido será afastado, até que o caso seja esclarecido.

O Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindapen) também emitiu nota onde afirma que o servidor acusado pela reeducanda mantém uma conduta ilibada, é muito estimado por todos e nunca teve o nome envolvido com algo ilícito.

Leia as notas da Seris e da Sindapen, respectivamente, na íntegra, abaixo:

“A Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) abriu um Procedimento Administrativo Disciplinar para apurar as causas e circunstâncias do ocorrido. O servidor envolvido no episódio permanecerá afastado de suas funções até que a investigação seja concluída. A interna Joyce Silva Soares foi submetida ao exame de corpo de delito e prestou queixa na Central de Flagrantes. O fato foi comunicado ao Ministério Público e Poder Judiciário para que as devidas providências sejam tomadas. A Ressocialização está à disposição da Polícia Civil para colaborar com as investigações”.

 

“A diretoria do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen) vem a público esclarecer que seu corpo jurídico acompanha as investigações que versam sobre a denúncia de que um agente penitenciário teria praticado crime de estupro contra uma reeducanda que cumpre pena por homicídio no sistema prisional em Maceió.

O servidor hora acusado pela ré goza de grande estima entre todos que trabalham no sistema prisional e mantém conduta ilibada, nunca tendo seu nome sendo vinculado a algo ilícito. Diante do fato, o Sindapen aguarda as conclusões da sindicância instaurada pela Secretaria Estadual Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e as investigações realizadas pela Polícia Civil. 

Por fim, a categoria dos agentes penitenciários encontra-se surpresa pela denúncia originada de alguém com antecedentes criminais, que durante as investigações do crime de homicídio que praticou, por várias vezes tentou alegar inocência e dissimulação em suas palavras diante dos momentos que foi ouvida pela polícia e representantes do Ministério Público Estadual (MPE).”

Relembre o caso Dyllan Taylor

O menino Dyllan Taylor, de 3 anos, foi encontrado morto dentro de casa no dia 21 de janeiro de 2016, com vários hematomas pelo corpo. Ele morreu dormindo, após passar mal e sentir dores no abdômen.

A versão contada por Joyce e Meydson Alysson Alves, seu companheiro, para a morte do menino era de que durante a noite, a criança apresentou sinais de inchaço na barriga e por falta de orientação, se dirigiram a uma farmácia no bairro onde compraram um medicamento para gases, indicado pelo proprietário.

Após supostamente ingerir o medicamento, de nome não divulgado pelos pais, a criança conseguiu dormir. Joyce afirmou que na manhã seguinte já encontrou o filho sem vida no quarto.

A versão do casal foi desmentida pelo laudo emitido pelo médico legista do IML que, durante a autópsia, verificou sinais de agressões em várias partes do corpo da criança. Meydson e Joyce foram intimados a depor, onde o padrasto acabou ficando preso e a mãe liberada. Meydson foi preso e foi transferido para o Presídio do Agreste.

Fonte: CadaMinuto

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