Bottas domina GP da Áustria e vence pela segunda vez em 2017. Vettel é 2º e Hamilton para em Ricciardo

Valtteri Bottas fez o que se esperava dele neste domingo (9) no Red Bull Ring. O finlandês venceu pela segunda vez na carreira, mas, mais que isso, conseguiu minimizar os prejuízos da punição dada ao companheiro Lewis Hamilton ao impedir um avanço maior da Ferrari e de Sebastian Vettel no campeonato. A verdade é que Bottas dominou a etapa austríaca – a nona da temporada 2017 – e não foi incomodado por ninguém. Talvez por uma ameaça de queima de largada, mas que acabou não se confirmando.

Quando as cinco luzes se apagaram no grid, Valtteri Bottas fez valer a pole-position e saltou muito bem, fazendo a primeira curva sem ser ameaçado por ninguém. Sebastian Vettel seguiu o finlandês e rapidamente se colocou em segundo, trazendo Daniel Ricciardo, que superou Kimi Räikkönen para assumir o terceiro. O finlandês ainda perderia posição para um rápido Romain Grosjean – que cairia para quinto na sequência. Mais atrás, Max Verstappen saiu muito lento do quinto lugar e foi perdendo colocações até chegar na curva 1, quando foi atingido por Fernando Alonso, que rodou depois de uma colisão de Danill Kvyat – o incidente foi parar, claro, na mesa dos comissários, que consideraram o russo culpado, aplicando um drive-through, cumprido de imediato. Só que o holandês da Red Bull e o espanhol da McLaren deixaram a corrida ali mesmo.

No meio dessa confusão, Felipe Massa e Lance Stroll aproveitaram o tumulto e pularam para o top-10, com o brasileiro em nono, à frente do canadense.

Saindo de oitavo, Lewis Hamilton largou com extrema cautela. Chegou a superar os dois carros da Force India, mas Sergio Pérez o pegou logo em seguida. O inglês, entretanto, esperou os ânimos se acalmarem para iniciar a escalada: batendo Pérez e, depois, Grosjean, para assumir a quinta posição.

 

Ainda na primeira volta, Vettel alertou a Ferrari sobre uma possível queima de largada de Bottas. A queixa também foi analisada pela direção de prova, que não viu nada de irregular na manobra do finlandês da Mercedes. Assim, jogo que segue.

Com dez voltas completadas, a ordem da prova se via dessa forma: Bottas, Vettel, Ricciardo, Räikkönen, Hamilton, Grosjean, Pérez, Ocon, Massa, Stroll, Kevin Magnussen, Jolyon Palmer, Stoffel Vandoorne, Carlos Sainz, Pascal Wehrlein, Marcus Ericsson, Nico Hülkenberg e Kvyat. Destes, o top-10 largou de ultramacios, enquanto Hamilton saiu de supermacios. Massa e Stroll optaram pelos macios.

E o primeiro pit-stop da corrida foi feita pela Renault com Hülkenberg. O alemão mudou para os compostos amarelos, em uma indicação de que não pararia mais.

Na pista, Hamilton tentava alcançar Räikkönen, mas já se queixava de um desgaste maior do que o esperado dos pneus traseiros. Ainda, lá na frente, Bottas vinha abrindo vantagem para Vettel. Com 20 giros, a diferença entre os dois ponteiros estavam em 5s9. Ricciardo surgia 9s atrás, com Räikkönen e Hamilton colados. A outra grande briga era entre Stroll, Magnussen e Palmer, que lutavam pelo décimo posto. Só que o dinamarquês da Haas deixaria essa disputa na volta 31, depois de uma aparente falha de câmbio.
Enquanto o tricampeão da Mercedes perseguia o ferrarista nórdico, Bottas tratava de acelerar lá na ponta, virando volta mais rápida em cima de volta mais rápida, andando na casa de 1min08s baixo, sempre em torno de meio segundo mais veloz que Vettel, que vinha solitário em segundo. Ricciardo, mais atrás, também rodava sozinho em terceiro.

Quando a prova chegou à 32ª passagem, a Mercedes decidiu antecipar o pit-stop do inglês, especialmente por conta do desgaste e da possibilidade de superar o finlandês da Ferrari. Hamilton, então, mudou para os pneus ultramacios, voltando na mesma quinta posição. Quem também veio na sequência foi Ricciardo. O australiano da Red Bull optou pelos compostos supermacios. Vettel veio logo depois, lançando mão da mesma estratégia da ex-equipe.

Na quinta colocação, Hamilton começava a virar as voltas mais velozes em uma tentativa de alcançar Ricciardo. Enquanto isso, Räikkönen preferiu permanecer mais tempo na pista, assim como o líder Bottas. Grosjean, Ocon, Massa e Sainz também seguiam sem pit-stops. Por isso, a ordem com 40 voltas era: Bottas, Räikkönen, Vettel, Ricciardo, Hamilton, Ocon, Massa, Grosjean, Pérez, Sainz, Stroll, Palmer, Vandoorne, Hülkenberg, Wehrlein, Ericsson e Kvyat.

Aí o líder finalmente foi aos boxes. Bottas completou a 42ª passagem no pit-lane, para a troca dos pneus ultramacios pelos supermacios. Valtteri voltou logo atrás do compatriota, com Vettel em terceiro. Mais atrás, Hamilton começava a enfrentar a problemas com os pneus traseiros novamente, que apresentavam bolhas. Ainda assim, Lewis vinha imprimindo um ritmo forte, tentando alcançar Ricciardo.
Três voltas depois, foi a vez de Räikkönen ir aos pits. O finlandês mudou para os supermacios e voltou em quinto. Na pista, Massa surgia logo atrás, em sexto, fazendo suas melhores marcas na corrida, mas ainda sem pit-stop. Mas não demorou muito mais. O brasileiro enfim parou no giro 48, trocando os macios pelos ultramacios.

Assim, a ordem real da prova voltou a ser: Bottas, Vettel, Ricciardo, Hamilton, Räikkönen, Grosjean, Pérez, Ocon, Massa, Stroll, Palmer, Vandoorne, Hülkenberg, Wehrlein, Ericsson e Kvyat. Neste meio tempo, Carlos Sainz abandonou a corrida, enquanto o belga da McLaren tomou uma punição de drive-through por ignorar bandeira azul.

As 20 voltas finais viram um Hamilton sair à caça de Ricciardo, buscando o pódio. O inglês passou a ignorar as bolhas nos pneus traseiros para completar as melhores voltas da corrida. Mas não deu para o tricampeão, que teve de se contentar com o quarto posto. Lá na frente, Bottas também precisou segurar um surpreendente Vettel.

 

Fonte: Grande Prêmio

 

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