Dedé discorda de José Aldo e acredita que árbitro agiu certo em parar a luta
Após conseguir um knockdown em José Aldo no terceiro round, Max Holloway abriu caminho para vencer no brasileiro por nocaute técnico na luta principal do UFC Rio 8 e sagrar-se campeão peso-pena do Ultimate. No entanto, assim que o árbitro central, John McCarthy, interrompeu o combate aos 4m13s para preservar a integridade física do, agora, ex-campeão, José Aldo mostrou seu descontentamento com a decisão e reclamou bastante da decisão do árbitro. Porém, para Dedé Pederneiras, treinador do manauara, a ação de “Big John” foi correta.
– Ele (José Aldo) achou que o Big John parou antes, mas eu não tenho a mesma opinião. Tenho certeza que, quando ele vir o vídeo, vai mudar de opinião. Eu não via condições dele se recuperar no quarto round, depois de tanto soco que levou na cabeça. Seria difícil o Holloway não caçar ele depois daquilo – afirmou Dedé Pederneiras, após o encerramento do UFC Rio 8, em entrevista ao Combate.com.
De acordo com o chefe da equipe Nova União, a derrota que custou o cinturão dos pesos-penas veio devido a algumas falhas técnicas de José Aldo durante a luta. Dedé Pederneiras ainda comentou sobre a falta de uma das marcas do ex-campeão na carreira: os potentes chutes baixos.
– O Holloway começou a se sentir mais confiante no final do segundo round. Ele estava confiante, mas o Aldo estava tranquilo. Falei que estava 2 a 0, que era pra ele respirar e dei a instrução com relação à mão esquerda baixa. Era visível que o jogo do Holloway era na mão esquerda baixa do Aldo. Acho que o Aldo deixou de fazer algumas coisas que treinamos, como derrubar, por exemplo. E, quando a gente não usa todas as suas armas, complica. Muita gente perguntou porque ele não chutou, só que, pelo posicionamento do Holloway na luta, tinha o risco do Aldo chutar e cair pra trás.
Agora, com a derrota decretada e, mais uma vez, sem o cinturão peso-pena, Dedé Pederneiras acredita que o momento é de calma e de não tomar nenhuma decisão. Para o treinador, os próximos passos de Max Holloway na categoria podem até mesmo colocar o havaiano frente a frente com José Aldo no futuro próximo.
– Tem que botar a cabeça no travesseiro e relaxar, porque não dá pro atleta tomar nenhuma decisão depois de uma derrota dessas. Nunca sai coisa boa. Ele vai jogar o futevôlei dele e relaxar. Depois a gente conversa. Vai entrar de férias e relaxar. Na verdade, o Aldo tem uma cabeça muito boa. Teve a derrota do McGregor e logo depois teve uma disputa de cinturão com o Frankie, foi lá e correspondeu. Quando tiver com a cabeça boa, volta pra vencer. O Max conseguiu um feito bem grande pra categoria, que é vencer um atleta que está aí há muito tempo, campeão do UFC, e acredito que a próxima luta dele vai ser contra o Frankie Edgar. Se o Frankie ganhar, o Aldo está de volta na disputa do cinturão, até porque já venceu duas vezes – concluiu.
CARD PRINCIPAL
- Max Holloway venceu José Aldo por nocaute técnico aos 4m13s do R3
- Cláudia Gadelha venceu Karolina Kowalkiewicz por finalização aos 3m03s do R1
- Vitor Belfort venceu Nate Marquardt por decisão unânime (triplo 29-28)
- Paulo Borrachinha venceu Oluwale Bamgbose por nocaute técnico a 1m06s do R2
- Yancy Medeiros venceu Erick Silva por nocaute técnico aos 2m01s do R2
CARD PRELIMINAR
- Raphael Assunção venceu Marlon Moraes por decisão dividida (29-28, 28-29 e 30-27)
- Antônio Cara de Sapato venceu Eric Spicely por finalização aos 3m49s do R2
- Mathew Lopez venceu Johnny Eduardo por nocaute técnico aos 2m57s do R1
- Brian Kelleher venceu Iuri Marajó por finalização a 1m48s do R1
- Viviane Sucuri venceu Jamie Moyle por decisão unânime (29-28, 30-27 e 30-27)
- Luan Chagas venceu Jim Wallhead por finalização aos 4m48s do R2
- Deiveson Alcântara venceu Marco Beltrán por nocaute técnico aos 5m do R2
Fonte: Globo Esporte