Ex-vice-prefeito de Canapi se apresenta à Polícia Federal

Polícia Federal em Alagoas (Foto: Ascom / PF-AL)

O ex-vice-prefeito de Canapi, Genaldo Vieira, se apresentou na sede da Polícia Federal em Maceió, nesta segunda-feira (15), onde permanece custodiado. Ele foi alvo da 2ª fase da Operação Deusa da Espada, deflagrada pela Polícia Federal na última sexta-feira (12) e era considerado foragido da Justiça. Além dele, também encontram-se presos o ex-prefeito da cidade Celso Luiz e dois ex-secretários, Jorge Valença e Carlos Alberto. Eles são acusados de um desvio milionário de recursos no município.

Genaldo Vieira se apresentou espontaneamente, acompanhado de um advogado. Ele deve ser encaminhado, na tarde desta segunda-feira, para a Justiça Federal, onde vai participar de uma audiência de custódia com acompanhamento de policiais federais.

A operação foi deflagrada pela Polícia Federal na sexta-feira, ocasião em que foram designados vinte policiais lotados em Alagoas para execução das medidas judiciais determinadas pela juíza Camila Monteiro Pullin Milan, titular da 11ª Vara da JF/AL, subseção judiciária de Santana do Ipanema/AL.

A ação objetiva desarticular uma organização criminosa responsável por um prejuízo que chega a R$ 17 milhões, dinheiro oriundo do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) e de outros programas do governo federal na área de educação, que foi depositado pela União nas contas da prefeitura de Canapi, entre 2015 e 2016.

Além dos desvios que foram apurados na primeira fase da operação policial, constatou-se a continuidade das ações criminosas a cargo do grupo, a partir da liberação de valores remanescentes do fundo nos últimos dias da gestão do ex-prefeito Celso Luiz, o qual assumira a gestão da cidade após afastamento do seu antecessor, determinado judicialmente.

Apurou-se, ainda, que a organização criminosa vinha intimidando e cooptando testemunhas, com o propósito de dificultar as investigações empreendidas pela Polícia Federal.

A denominação da “Operação Deusa da Espada” é em alusão a um dos símbolos místicos da Justiça.

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