Delegada Luci Mônica é homenageada na Assembleia Legislativa
A Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas entregou, durante sessão solene realizada na tarde desta sexta-feira (28), o título de cidadã honorária e a comenda Tavares Bastos à delegada e secretária-adjunta de Segurança Pública, Luci Mônica Ribeiro Rabelo, em virtude dos relevantes serviços prestados ao Estado de Alagoas.
Na oportunidade, o autor dos dois projetos de resolução, o deputado Dudu Hollanda (PSD), fez um discurso emocionado, agradecendo o apoio dos colegas de parlamento. No plenário, Dudu agradeceu a presença dos servidores – que abdicaram das manifestações em torno da Greve Geral – e descreveu seu “martírio” para ver as matérias saírem do papel. “Quero agradecer à presidência e aos membros da Comissão de Constituição e Justiça desta Casa por terem acolhido nossa iniciativa. A proposta de título de cidadã honorária foi apresentada ainda em 2015. Porém, obtive aprovação unânime. Demorou para sair, mas fui à luta por acreditar que a delegada Luci merecia esta homenagem há muito mais tempo”, afirmou o deputado, destacando os seus 15 anos de dedicação à Polícia Civil. “Conheci a delegada Luci Mônica por intermédio de um grande amigo da polícia. Soube que ela era sergipana e, por isso, resolvi homenageá-la. Seu currículo é muito vasto e dispensa comentários. Por isso, prestar esta homenagem é reconhecer o empenho desta ilustre sergipana, mas alagoana de coração, no combate à criminalidade”, emendou Dudu, lembrando o apoio do deputado Francisco Tenório (PMN), que foi o relator da comenda Tavares Bastos, a maior honraria do Poder Legislativo. Na oportunidade, também rendeu homenagens à secretária-adjunta de Segurança o delegado Robervaldo Davino, presidente em exercício da Associação dos Delegados de Polícia de Alagoas, que destacou a competência e simplicidade de Luci Mônica.
Quem também fez uso da tribuna foi Eulina Braz, presidente da Comissão Mulher Advogada da OAB-AL. Com a palavra, Eulina afirmou que Dudu “é digno dos maiores elogios porque a escolheu a dedo”, lembrando que Luci também já fora homenageada pela Ordem, que a considera “um exemplo para todas as mulheres alagoanas”. “Numa sociedade ainda impregnada pelo machismo e pelo preconceito, talvez não conheçamos outra Luci Mônica nos próximos cem anos. Ela não teve medo de enfrentar as adversidades da profissão e se mostra uma verdadeira guerreira, uma nordestina arretada”, disse a advogada.
Na sequência, foi a vez de o delegado Antônio Carlos Lessa parabenizar a homenageada, enaltecendo sua passagem pela diretoria da Adepol. Já o deputado Rodrigo Cunha (PSDB), que também prestigiou a solenidade, foi outro a reverenciar a iniciativa do colega de parlamento, destacando, em especial, o fato de Luci Mônica preencher todos os requisitos necessários à entrega das honrarias. “A delegada Luci é a primeira mulher a atender tais exigências, pois, incomodava-me o fato de muita gente vir de fora, sem sequer conhecer Alagoas, e receber um título de cidadão honorário desta Casa”, salientou.
A homenageada, por sua vez, referiu-se ao deputado Dudu Hollanda como um parlamentar atuante, afirmando já considerá-lo um irmão alagoano. “Vossa excelência tem um coração muito generoso. É um verdadeiro amigo, dono de um senso de companheirismo que cativou a mim e a minha família. Por isso, vou agradecer-lhe pelo resto da minha vida”, afirmou Luci Mônica, que lembrou o apoio recebido quando de sua chegada a Alagoas, destacando o empenho de colegas delegados e das equipes com as quais já trabalhou.
Currículo da homenageada
Luci Monica já foi diretora do Departamento de Estatística e Informática da Polícia Civil, assumindo também a titularidade de delegacias nos municípios de Roteiro, Barra de São Miguel, Coqueiro Seco e Messias. Também passou por vários distritos da capital, comandando, ainda, a delegacia especializada da mulher. Esteve à frente de casos de grande repercussão. Um deles teve como vítima o jovem Davi da Silva, de 17 anos, que desapareceu após uma abordagem policial no bairro Benedito Bentes, parte alta de Maceió. Após concluir as investigações, Luci Mônica responsabilizou os militares que raptaram o adolescente, em agosto de 2014, quando titular do 8º Distrito. A delegada também foi chefe de gabinete da Secretária de Defesa Social, integrando o Núcleo de Investigação e Repressão ao Crime Organizado (Nirco), o Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg) e o Núcleo Integrado para Efetivação da Justiça (Niej).