“Sou xingada sempre”, diz nova esposa de Guilherme de Pádua

O ex-ator Guilherme de Pádua, condenado pelo assassinato de Daniella Perez, filha da autora Gloria Perez, em 1992, casou-se no mês passado com a maquiadora Juliana de Pádua Lacerda. É sua terceira esposa.

Em depoimento a VEJA, Juliana, de 30 anos, conta que o conheceu em 2015, na festa de aniversário dele, organizada por voluntários da Igreja Batista da Lagoinha (MG) que trabalham em presídios para tirar as pessoas do crime. “Ele já fazia parte do grupo de evangelização desde 1999, quando saiu da cadeia. Eu participo dele há uns dois anos. Já sabia quem ele era na primeira vez em que o vi. Mas sempre lidei de forma tranquila com isso, pensando que ele era um irmão, alguém comum”, lembra. “O que me encantou nele foi o carisma, a simpatia, o carinho para lidar com as pessoas, a inteligência – são várias as qualidades.”

Juliana recorda momentos de inquietação durante o namoro. “Você está com medo de casar?”, ela o questionou certo dia. “Ele me disse que o casamento cristão é muito sério, que não pode ser desfeito. Na verdade, ele nem poderia casar de novo, mas o conselho da igreja deu seu consentimento. Eu já tinha pensado bastante e estava mesmo disposta a ser esposa dele. Ele dizia que ia me fazer desistir, mas eu não desisti, porque senti que era isso que Deus queria para minha vida. Um dia a gente estava no sofá, e, do nada, ele me pediu a mão”, narra Juliana.

O casamento civil foi celebrado em 15 de março, mas os dois ainda não moram juntos, pois, conta Juliana, querem esperar a cerimônia religiosa, em 12 de maio. A maquiadora diz que em nenhum momento teve medo. “Meu pai teve um pouco de receio, mas, quando conheceu o verdadeiro Guilherme, começou a gostar demais dele. As pessoas têm muito preconceito. Elas costumam se fixar no que aconteceu, ficar só naquela história, e não procuram compreender que ele se transformou: estou me casando com o Guilherme de Pádua atual, não com o do passado”, diz. “Sabia que haveria gente que acharia um absurdo. Eu sou xingada sempre, todos os dias. Da parte dos meus familiares e amigos próximos não houve rejeição alguma.”

 

 

 

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