O Secretário de Acordos Comerciais Internacionais, Liam Fox, disse que “enquanto permanecemos na União Europeia, nós temos de seguir suas regras para negociar qualquer acordo comercial”, mas que o país ainda poderia “discutir impedimentos que nós poderíamos querer eliminar antes de acordos que nós podemos querer com outros países quando sairmos.”

No entanto, parceiros comerciais em potencial provavelmente irão querer saber os termos exatos da retirada da Grã-Bretanha da UE e do mercado único europeu antes de negociarem.

Como disse um representante comercial norte-americano: “Na prática, não é possível avançar de forma significativa negociações separadas de comércio e investimento com o Reino Unido até que algumas das questões básicas em torno das futuras relações UE-Reino Unido tenham sido elaboradas”.

Quais podem ser as consequências do Brexit para o próprio Reino Unido?

O resultado do plebiscito no ano passado deixou países dentro do próprio Reino Unido decepcionados. A Escócia, por exemplo, teve 66% de votos a favor da permanência na União Europeia e já estuda a possibilidade de fazer uma segunda consulta popular sobre a independência do Reino Unido para eventualmente poder continuar no bloco.

Segundo a primeira-ministra escocesa Nicola Sturgeon, a ideia é fazer um segundo referendo sobre o tema quando as negociações do Brexit estiverem perto de ser concluídas.

Sturgeon afirmou que quer fazer a votação entre setembro de 2018 e março de 2019.

Em 2014, o país realizou um plebiscito de independência em que 55% da população defendeu a manutenção da união estabelecida em 1707.

Agora, porém, seus líderes têm argumentos para forçar uma nova consulta.

Durante a campanha do plebiscito da UE, o Partido Nacional Escocês (SNP) alertou que a Escócia não aceitaria ser “removida à força” do bloco e que o processo poderia ressuscitar a causa separatista.