Audiência será retomada no TJ para ouvir réu no caso capitão Rodrigues
O Tribunal de Justiça de Alagoas vai retomar na próxima sexta-feira (17) a audiência de instrução que vai definir se o réu Agnaldo Lopes de Vasconcelos, acusado de ter matado o capitão da Polícia Militar Rodrigo Rodrigues, vai a júri popular. Vasconcelos será ouvido pelo juiz Geraldo Cavalcante Amorim.
A audiência foi iniciada em 27 de janeiro. Na última sexta (10), teve outra etapa da audiência. Na ocasião foram ouvidas testemunhas arroladas tanto pelo Ministério Público quanto pela defesa do acusado. Uma delas foi a namorada do réu, que alegou que a polícia chegou no condomínio em que o crime aconteceu se identificando como segurança.
O militar morreu na casa de Vasconcelos após ser baleado no pescoço durante abordagem, realizada no dia 9 de abril do ano passado.
Um dia após o crime, Vasconcelos foi preso. Ele foi autuado em flagrante por homicídio e porte ilegal de uso restrito. Segundo os policiais, ele teria afirmado durante o depoimento que atirou contra o capitão porque não o identificou como militar e teria agido em legítima defesa.
A audiência de instrução vai definir se o réu vai a júri popular. Segundo o Tribunal de Justiça, as testemunhas indiciadas pelo Ministério Público foram ouvidas no dia 27 de janeiro.
Crime
O crime ocorreu em 9 de abril, na casa de Agnaldo Lopes, localizada no bairro Santa Amélia, em Maceió, quando o militar buscava recuperar um aparelho celular roubado, através de um sistema de geolocalização, quando tentou entrar na casa de Vasconcelos e foi atingido pelos disparados, sendo socorrido e morrendo no Hospital Geral do Estado (HGE), no Trapiche da Barra.
Posteriormente, no dia 15 de abril, a Polícia Civil prendeu o suspeito de roubar o celular que o capitão Rodrigues estava procurando.
O suspeito apresentado, e identificado pela vítima do assalto, foi identificado como José Romão da Silva Júnior, que morava em uma residência próxima à casa de Vasconcelos, apontada pelo geolocalizador.
O Ministério Público relata ainda que as diligências da polícia apontaram outro suspeito de participação no assalto, ele foi identificado como Ronaldo Paiva de Amorim Júnior.
Além da condenação, o promotor José Antônio Malta Marques também solicitou ao Juízo de Direito da Nova Vara Criminal da Capital a realização do exame de comparação balística na arma apreendida em posse de Vasconcelos e o projétil recolhido no corpo do capitão Rodrigues. O procedimento deve ser feito pelo Instituto de Criminalística (IC).
Marques também requiriu a realização da reprodução simulada dos fatos para verificar como o crime ocorreu, e a perícia do colete à prova de balas usados pelo militar, com objetivo de verificar se houve outras perfurações.
Fonte: G1