Marquês de Sapucaí recebe seis escolas do Grupo Especial neste domingo
Chegou a hora da verdade: seis escolas do Grupo Especial abrem neste domingo (26) a disputa pelo título de grande campeã do carnaval do Rio de Janeiro. Outras seis agremiações completam a festa da Marquês de Sapucaí na segunda-feira (27).
Neste primeiro dia de desiles, três vertentes podem ser identficadas nos enredos que serão apresentados: Salgueiro e Beija-Flor apostam em referências literárias; Imperatriz e Vila Isabel optaram por enredos étnicos, enquanto Tuiuti e Grande Rio focaram em celebrações à cultura brasileira e seus personagens.
Campeã da Série A no carnaval de 2016, a escola de São Cristóvão abre a maratona de desfiles brincando com o movimento tropicalista e o “Manifesto Antropofágico”, lembrando o movimento liderado pelos compositores baianos Caetano Veloso e Gilberto Gil, na década de 1960, e o marco do modernismo brasileiro dos anos 1920.
A Tuiuti vai mostrar que Tropicália faz parte da cultura do brasileiro desde o descobrimento do país, com seus símbolos, ícones, personagens, cultura, arte, música, programas de TV, com muito colorido, com o enredo “Carnavaleidoscópio tropifágico”.
PARAÍSO DO TUIUTI
Campeã da Série A no carnaval de 2016, a escola de São Cristóvão abre a maratona de desfiles brincando com o movimento tropicalista e o “Manifesto Antropofágico”, lembrando o movimento liderado pelos compositores baianos Caetano Veloso e Gilberto Gil, na década de 1960, e o marco do modernismo brasileiro dos anos 1920.
A Tuiuti vai mostrar que Tropicália faz parte da cultura do brasileiro desde o descobrimento do país, com seus símbolos, ícones, personagens, cultura, arte, música, programas de TV, com muito colorido, com o enredo “Carnavaleidoscópio tropifágico” (veja a letra do samba-enredo).
A escola vai desfilar com 3.100 componentes, em 34 alas, e com seis carros e dois tripés.
Ficha técnica
Enredo: Carnavaleidoscópio tropifágico
Carnavalesco: Jack Vasconcelos
Intérprete: Wantuir
Mestre de bateria: Ricardinho
Rainha de bateria: Caroline Marins
Mestre-sala e porta-bandeira: Marquinhos e Giovanna
Comissão de frente: Jaime Arôxa
ACADÊMICOS DO GRANDE RIO
Uma das cantoras mais populares e queridas do país, a baiana Ivete Sangalo vai ser homenageada pela Tricolor de Duque de Caxias no enredo “Ivete do rio ao Rio” (veja a letra do samba-enredo). A escola, a segunda a entrar na Sapucaí no domingo (26), quer “levantar poeira” durante o desfile, em referência a um dos grandes hits de Ivete.
A escola, que ficou em sétimo lugar no carnaval de 2016, busca seu primeiro campeonato no Grupo Especial contando a história da cantora desde sua infância em Juazeiro (BA), às margens do Rio São Francisco – não faltarão na avenida lendas e personagens típicos do sertão nordestino, além de trios e afoxés do carnaval baiano, onde Ivete despontou como estrela.
A Grande Rio vai desfilar com 3.200 componentes espalhados por 29 alas, seis carros, um deles acoplado, e dois tripés.
Ficha técnica
Enredo: Ivete do rio ao Rio
Carnavalesco: Fábio Ricardo
Intérprete: Emerson Dias
Mestre de bateria: Thiago Diogo
Rainha de bateria: Paloma Bernardi
Mestre-sala e porta-bandeira: Daniel Werneck e Verônica Lima
Comissão de frente: Priscilla Mota e Rodrigo Negri
IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE
A Verde e Branca de Ramos vai entrar na Passarela do Samba disposta a dar voz a quem respeita a natureza e clama pela preservação da vida nas florestas: as tribos indígenas do Xingu. E vai contar essa história através do canto, da dança, das lendas, da cultura e das pinturas corporais desses povos.
Com o enredo “Xingu – o clamor que vem da floresta” (veja a letra do samba-enredo), o carnavalesco Cahê Rodrigues quer chamar a atenção da população para necessidade de se cuidar da vida no planeta. E conta um pouco do passado, da chegada do homem branco, para que se possa entender como a vida no lugar mudou.
A Imperatriz, que no carnaval de 2016 ficou na sexta colocação, vai se apresentar com 3.200 componentes, 29 alas, seis carros e um tripé.
Ficha técnica
Enredo: Xingu – o clamor que vem da floresta
Carnavalesco: Cahê Rodrigues
Intérprete: Arthur Franco
Mestre de bateria: Lolo
Rainha de bateria: Cris Vianna
Mestre-sala e porta-bandeira: Thiaguinho Mendonça e Rafaela Teodora
Comissão de frente: Cláudia Mota
UNIDOS DE VILA ISABEL
Que o negro tem grande influência na cultura brasileira ninguém duvida, mas no carnaval deste ano a Vila Isabel vai além e mostra as raízes africanas nos gêneros musicais das três Américas. Com o enredo “O som da cor” (veja a letra do samba-enredo), o carnavalesco Alex de Souza vai contar que nem mesmo ritmos tidos como “genuínos”, como o tango argentino, brotaram do som que veio do continente negro.
Pela Sapucaí vão desfilar o rock, a salsa, a milonga. E também o tango, o jazz e o reggae. Os negros que chegaram como escravos trouxeram batuques e cantos que foram mesclados aos ritmos dos colonizadores europeus e dos índios. No Brasil, a Vila vai mostrar que o sofrimento dos escravos deu origem a afoxé, maracatu, maxixe, até chegar ao samba, trilha sonora daquele que é considerado o maior espetáculo da Terra. A escola espera promover uma nova Kizomba, a festa da raça, na avenida.
A Vila Isabel, que em 2016 ficou na oitava colocação, vai se apresentar com 3.200 componentes, 26 alas, seis carros e dois tripés.
Ficha técnica
Enredo: O som da cor
Carnavalesco: Alex de Souza
Intérprete: Igor Sorriso
Mestre de bateria: Wallan
Rainha de bateria: Sabrina Sato
Mestre-sala e porta-bandeira: Raphael Rodrigues e Amanda Poblete
Comissão de frente: Patrick Carvalho
ACADÊMICOS DO SALGUEIRO
A Vermelha e Branca da Tijuca vai propor uma viagem diferente. Neste carnaval, vai levar o poeta italiano Dante Alighieri a embarcar na Barca do Inferno por sua obra “A divina comédia” e navegar por inferno e purgatório até chegar ao céu. Mas será uma viagem carnavalizada, claro, como pretende o enredo “A divina comédia do carnaval” (veja a letra do samba).
Os carnavalescos Márcia e Renato Lage vão fazer um paralelo entre inferno, purgatório e paraíso com os carnavais de antigamente, com os corsos, os ranchos, as grandes sociedades e as fantasias típicas daquelas épocas, como diabo, arlequim, colombina e pierrô.
O Salgueiro, que ficou no quarto lugar no carnaval passado, desfilará com 3.500 componentes em 34 alas, seis carros e um tripé.
Ficha técnica
Enredo: A divina comédia do carnaval
Carnavalesco: Renato Lage e Márcia Lage
Intérpretes: Leonardo Bessa, Serginho do Porto e Xande de Pilares
Mestre de bateria: Marcão
Rainha de bateria: Viviane Araújo
Mestre-sala e porta-bandeira: Sidcley e Marcela Alves
Comissão de frente: Hélio Bejani
BEIJA-FLOR
A escola de Nilópolis vai contar uma história de amor neste carnaval. O enredo “A virgem dos lábios de mel – Iracema” (veja a letra do samba-enredo) é inspirado na obra do escritor José de Alencar. Como no livro “Iracema”, a escola vai contar a história de um amor impossível entre uma índia e um guerreiro português que defendia a tribo inimiga.
Com um carnaval rústico, a Beija-Flor diz que levará muitos índios para a Sapucaí e contar a narrativa que pontua a história do Ceará, com o nascimento do primeiro mameluco. Além da história de amor, a escola também vai destacar a cultura das tribos tabajara e pitiguara.
A escola que ficou na quinta colocação no ano passado, vai se apresentar com seis alegorias e 3.300 componentes, que, em uma novidade, não estarão divididos em alas, mas sim em setores, para contar o enredo.
Ficha técnica
Enredo: A virgem dos lábios de mel – Iracema
Carnavalescos: Laíla, Fran Sérgio, Bianca Behrends, Victor Santos, André Cezari, Cristiano Bara, Rodrigo Pacheco, Wladimir Morellembaumm, Brendo Vieira, Gabriel Mello, Adriane Lins e Lléo Mídia
Intérprete: Neguinho da Beija-Flor
Mestres de bateria: Rodney e Plínio
Rainha de bateria: Raíssa
Mestre-sala e porta-bandeira: Claudinho e Selminha Sorriso
Comissão de frente: Marcelo Misailidis