Marmelada no sorteio do STF escolhe relator contrário a operação lava jato
Se a escolha do novo relator tivesse caído para os ministros Gilmar Mendes, Dias Tofolli ou Ricardo Lewandowski,todos integrantes da segunda turma, eu não tenho a menor dúvida que o mote dos principais jornais do Pais seria a manchete acima. Vários “movimentos” iriam às ruas denunciando fraude no sorteio eletrônico e exigindo auditoria, além de centenas de panelaços pelo país afora .O jornal da globo escalaria Maerval Pereira, Cristiana Lôbo,Renata lo Prete e Gerson Camarote para “detonar” o sistema de distribuição eletrônica do STF e todos afirmariam que a opinião pública estava a exigir transparência.
Regimentalmente poderiam os processos serem remetidos a um dos integrantes da Segunda Turma da Corte — da qual Teori fazia parte. Neste caso, a relatoria ficaria com Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffolli ou Celso de Mello. Se o regimento fosse levado á risca o caso deveria ser remetido ao substituto de Teori no tribunal quando o presidente Michel Temer fizesse a indicação. Se outros artigos do regimento fossem seguidos, ainda seria possível que casos urgentes fossem encaminhados aos ministros revisores da Lava-Jato. Na Segunda Turma o revisor é o decano Celso de Mello e no plenário o Ministro Luís Roberto Barroso.
Preferiu a ministra Carmen Lúcia optar pelo jogo de azar-em sorteio com regras obscuras- onde foi escolhido justamente o ministro Edson Fachin que migrara recentemente de turma.
Independentemente de se afirmar que foi uma decisão politicamente correta,assistimos o poder judiciário se escondendo por trás de um sorteio com medo da “repercussão geral” das manchetes de setores da grande mídia .