Promotor alagoano condenado a 76 anos por abuso sexual perde cargo e salário
A Justiça determinou a perda do cargo do promotor de Justiça Carlos Fernando Barbosa de Araújo, condenado por abuso sexual de menores, e ainda intimou o Ministério Público Estadual (MPE) para que suspenda imediatamente o salário dele. O procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça, já assinou ato que cumpre a ordem judicial.
Carlos Fernando Araújo está preso cumprindo pena condenatória de 76 anos e cinco meses de reclusão, por estupros e atentados ao pudor cometidos contra duas filhas e uma enteada, além de produção de pornografia infantil.
A decisão do Ministério Público Estadual (MPE) suspendendo os vencimentos mensais do agora ex-promotor de Justiça deverá ser publicada na edição desta quarta-feira (18), do Diário Oficial do Estado (DOE).
Para tomar a decisão de cortar o pagamento do salário de Carlos Fernando, o procurador-geral de Justiça considerou o teor da decisão proferida na Ação Civil Pública, que determinou a perda do cargo do referido promotor de Justiça. Além disso, reforça que o recurso impetrado pela defesa não foi admitido.
A Procuradoria-Geral de Justiça foi intimada nessa segunda-feira (16), mesmo dia em que Alfredo Gaspar de Mendonça Neto assinou ato para suspender o salário do então promotor.
Carlos Fernando está recolhido em cela especial no Baldomero Cavalcanti e tem convívio apenas com outros presos portadores de diploma de ensino superior. Em novembro de 2014, o Pleno do Tribunal de Justiça (TJ) de Alagoas o condenou a pena de reclusão pelos crimes cometidos contra parentes menores de idade.