A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), responsável pelo sistema prisional do estado, informou que nove detentos da ala 12 da penitenciária tentaram escapar por volta 23h (1h de Brasília).
De acordo com a Secretaria, a tentativa foi frustrada por equipes do Grupo de Intervenção Tática e do Grupo de Resposta Rápida.
“Todas as medidas administrativas foram tomadas e os [nove] reeducandos irão responder a processo interno disciplinar”, informou o governo em nota.
O governo não deu mais detalhes sobre a ação dos presos.
Um dia antes, na terça-feira (10), cerca de 100 militares da Força Nacional chegaram a Roraima para reforçar a segurança no estado.
O governo foi questionado se os agentes da Força Nacional estavam na área externa do presídio no momento da tentativa de fuga, mas foi informado pela Secretaria de Comunicação que quem responde sobre isso é o Ministério da Justiça. A reportagem contatou o Ministério e aguarda retorno.
33 mortes em presídio
Na madrugada do dia 6 de janeiro, 31 presos foram assassinados na Penitenciária Agrícola. Um agente que não quis ser identificado disse que as mortes ocorreram por volta das 2h30 (4h30 de Brasília).
Em uma revista realizada no dia 6, outros dois corpos foram encontrados enterrados na Ala da Cozinha.
Na segunda (9), em ofício ao Ministério da Justiça, a governadora do estado Suely Campos (PP) associou os corpos achados na unidade às mortes de sexta, afirmando que 33 morreram no massacre.
À BBC, o secretário de Justiça e Cidadania (Sejuc), Uziel de Castro, disse que os presos foram decapitados e atribuiu o massacre a detentos do Primeiro Comando da Capital (PCC) que estavam concentrados no centro de detenção.
Os presos foram brutalmente assassinados porque se recusaram a entrar na facção segundo a Sejuc. A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar as mortes. A previsão é que ele seja concluído em 30 dias.