O cerco e o sigilo em torno da condição clínica do heptacampeão impedem, desde o início, que seu antigo empresário, amigo e uma das figuras mais marcantes da sua trajetória no esporte, Willi Weber, o visite em sua casa na Suíça. E essa história teve mais um capítulo em 2016, quando Weber contou que estava “sofrendo como um cão” pela falta de informações.
2016 marcou também a entrada de Michael nas redes sociais. Obviamente, sua equipe vem controlando postagens, mas se engana quem pensa que vai encontrar algo de diferente de fotos e vídeos de antigas conquistas do heptacampeão. No fim das contas, são perfis de homenagem ao alemão.
No início do ano, o jornal espanhol ‘Marca’ afirmou que o estado de Schumacher ainda era frágil, mas não mais crítico. A publicação alemã ‘Bunte’ foi além e disse que o heptacampeão conseguia andar, mas a família do alemão tratou de negar isso rapidamente e ainda abriu processo.
O ano, que marcou os 1000 dias do acidente no final de setembro, terminou com uma situação inacreditável. Um paparazzo tentou vender à imprensa europeia uma suposta foto de Schumacher deitado em casa por aproximadamente R$ 4,2 milhões. A promotoria alemã afirmou que as fotos violam “o âmbito privado da vida de Schumacher” e estão com uma investigação em curso para precisar o que aconteceu no incidente do paparazzo.
Não foi a primeira vez que algo relacionado a Michael é roubado. Em 2014 um funcionário da empresa de ambulâncias aéreas que transportou Schumacher afanou o prontuário médico do maior vencedor de provas da história da F1 e tentou vender, mas ninguém comprou e ele acabou preso. Em seguida, se suicidou na prisão em que estava.
Maior campeão da história da F1 e tido pela maioria dos fãs de automobilismo como o grande piloto de todos os tempos, Schumacher completa 48 anos no próximo dia 3 e segue em uma batalha bastante misteriosa para quem não está dentro de sua casa
Apesar de todo o silêncio e o cerco em volta da família, os Schumacher seguem suas vidas. A vida tem de seguir, afinal. Mick, filho do heptacampeão, em 2017 estará no grid da F3 Europeia, uma das principais categorias de acesso à F1, tendo a chance de dividir curvas contra Pedro Piquet, filho mais novo do tricampeão Nelson Piquet.