Alagoas tem o pior IDHM do Brasil, diz estudo do Ipea
Último lugar. Essa é a posição que Alagoas ocupa no Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) no País. É o que mostra o estudo Radar IDHM, lançado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com a Fundação João Pinheiro e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Os números apontam que houve avanço, mas não o suficiente para tirar de Alagoas o “título” de pior Estado em indicadores socieconômicos.
No período de 2011 a 2014, o Estado apresentou um índice de 0,667, considerado médio, um avanço se comparado ao último período intercensitário (2000 a 2010), quando Alagoas marcou 0,631. O avanço, porém, foi registrado em todos os estados da Federação e no Distrito Federal. De acordo com a pesquisa, Roraima (alta de 0,011), Goiás (de 0,010) e Sergipe (de 0,002) têm os IDHMs que menos avançaram.
Compõem o Índice de Desenvolvimento Humano brasileiro os seguintes indicadores: longevidade, educação e renda. Os mesmos do IDH Global. Alagoas ocupa as piores colocações no ranking nacional em todos os indicadores. De acordo com a pesquisa, a única posição mais positiva é no quesito longevidade, onde aparece com 0,764, considerado alto, mas ainda assim insuficiente para sair da antepenúltima posição.
Pior: o Estado de Alagoas está entre os que apresentam os menores valores para a esperança de vida ao nascer, com 70,8 anos. Maranhão e Piauí seguem na mesma direção e têm 70 anos, 70,7 anos, respectivamente. Os mais bem posicionados são Santa Catarina, Distrito Federal e Espírito Santo, que possuem esperança de vida de 78,4 anos, 77,6 anos e 77,5 anos.
No quesito renda, os municípios alagoanos também estão no último lugar, com IDHM de 0,634. Índice inferior ao registrado pelo Maranhão, Pará, Ceará, Piauí, Sergipe, Rio Grande do Norte e Pernambuco.