Defesa de vereador que é réu por homicídio acusa juiz de parcialidade

201611080948_85437957dcA defesa do vereador por Palestina Luciano Lucena de Farias acusou o juiz John Silas Silva de ser parcial na condução do julgamento que acontece na manhã desta terça-feira (8), no Fórum de Maceió. Para os advogados de defesa, o magistrado tem demonstrado ser parcial e defendido “interesses” contrários ao do réu.

John Silas Silva, no entanto, se declarou imparcial e afirmou que continuaria presidindo o júri.

O juiz classificou como inverdades as afirmações da defesa e disse que o réu tentou postergar o julgamento por diversas vezes.

“Esse juiz não se considera suspeito e nem se averba suspeito para o presente caso, devendo o processo prosseguir em todo o seu trâmite legal”.

O vereador Luciano Lucena de Farias senta no banco dos réus, acusado de assassinar Manoel Messias Simões. O crime aconteceu em junho de 2009, em um bar localizado no Povoado de Lagoa da Pedra, em Pão de Açúcar, no Sertão de Alagoas.

Acusação

De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), esta é a quarta vez que o julgamento é convocado. Inicialmente, o júri foi realizado no interior do estado. No entanto, foi transferido a pedido para Maceió. O desaforamento, de acordo com o promotor de Justiça Antônio Villas Boas, acontece para garantir a “imparcialidade” dos jurados.

201611081008_4c99f8d96b“O réu é vereador e exerce influência política na região. Além disso, os jurados ficaram com medo no primeiro julgamento”, explicou Antônio Villas Boas.

O MPE pede a condenação de Luciano Farias por homicídio qualificado. “O crime aconteceu por motivo torpe, com impossibilidade de defesa à vítima. Foi um crime covarde. A vítima estava desarmada e foi surpreendida por três tiros. A defesa tenta alegar a tese de legítima defesa, o que nós não acreditamos”, ressalta o promotor de Justiça.

Villas Boas destaca que o réu é considerado foragido da Justiça. “Ele tem uma prisão preventiva decretada e tem tentado se furtar desse julgamento”.

Já a defesa do réu nega culpa e lembra que Luciano Farias foi absolvido no primeiro julgamento, que aconteceu em Pão de Açúcar.  O advogado disse que o vereador era inocente e que a vítima era uma pessoa “desregrada”. “O Manoel Messias era desregrado, envolvido com drogas, bebia todos os dias. A própria família já disse que ele bebia e ameaçava o vereador”, afirmou o advogado de defesa Luiz Augusto.

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