Enem tem prova de redação, linguagens e matemática neste domingo
Cerca de 8 milhões de estudantes devem realizar, neste domingo (6), as provas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Redação e Matemática e suas Tecnologias do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
O Enem é mecanismo de acesso a diversas universidades e às políticas públicas brasileiras de educação. Com a nota do exame, o estudante pode tentar uma vaga na educação superior por meio do ProUni (Programa Universidade para Todos). O resultado também é requisito para receber o benefício do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil).
Confira o gabarito do primeiro dia
Os portões nos locais de provas serão abertos às 12h e fechados às 13h (Horário oficial de Brasília). A aplicação das provas começa às 13h30. A duração do exame será de 5 horas e 30 minutos — uma hora a mais do que a prova de sábado.
Por causa das manifestações, os inscritos no Enem que fariam prova em mais de 300 escolas e instituições de ensino superior tiveram sua data de prova adiada para 3 e 4 de dezembro.
Primeiro dia
O primeiro dia do Enem não surpreendeu os candidatos e professores quanto à estratégia de usar temas atuais para abordar conceitos das diferentes disciplinas.
Assuntos como a crise dos refugiados na Europa, a manutenção de comportamentos machistas na sociedade atual e as recentes discussões sobre a democratização de espaços urbanos, por exemplo, poderiam ser mais facilmente respondidos por quem dedicou parte do estudo ao noticiário recente.
Questões de filosofia sobre Platão e as ditaduras em países da América Latina no século 20 voltaram a ser objeto de avaliação do exame. Na história, a abordagem de questões sociais como a discriminação racial e a política brasileira foi elogiada por quem fez ou teve acesso ao caderno após as provas.
“Foi cobrado conteúdo”, afirma Paulo Moraes, diretor de ensino do Anglo. “O aluno tinha de saber interpretar as questões, mas isso não bastava. Era necessário conhecer o conteúdo.” Segundo ele, o exame teve uma dificuldade “de média para difícil”. “A prova cumpriu seu papel”, resumiu.
Rodrigo Mirarchi Vieira, coordenador de Física do Maximize, afirmou que a prova manteve o “padrão de evolução” do Enem.
“O Enem já teve a fase mais interpretativa, em que o aluno que interpretasse bem o enunciado conseguia responder”, diz Vieira. “Mas, nos últimos anos, vem cobrando o conhecimento de uma linguagem técnica e passou a exigir também um pouco mais de conceitos dos alunos. Nesse ano não foi diferente.”
Celio Tasinafo, diretor pedagógico da Oficina do Estudante, de Campinas, destacou os “enunciados enxutos” e as “alternativas mais objetivas”. “Isso ajuda o aluno a conseguir terminar a prova no tempo”, disse.
“O que chamou mais atenção foi o peso dado à filosofia e à sociologia”, afirmou. “Justamente no ano em que se colocou a possibilidade dessas disciplinas se tornarem optativas.”
Fonte: R7