Palmeira: Cemitério público pintado por fora e o mesmo descaso por dentro
Há cerca de dez anos o Cemitério Público São Gonçalo de Palmeira dos Índios é alvo de incontáveis reclamações acerca de cada vez maior superlotação, com túmulos uns enganchados em outros, tornando inviável o trânsito das pessoas em seu interior. E chegando o Dia de Finados a situação é ainda pior.
Segundo um morador daquelas imediações, “pelo que se tem visto, vão terminar enterrando os mortos em nossos quintais. O prefeito James Ribeiro tem conhecimento dessa vergonha, mas não toma as providências necessárias”, lamentou. A aquisição de um novo terreno para a ampliação do São Gonçalo parece ser a única saída.
Não bastasse o atropelo durante sepultamentos corriqueiros, com as pessoas tendo que passar em cima das covas, das plantas e lápides, todos os anos o tumulto é muito maior durante a visitação do 02 de novembro, (amanhã) Dia de Finados, a cada ano mais desconfortável.
Um telejornal local noticiou no último final de semana a execução de um projeto de replanejamento dos cemitérios públicos na capital, Maceió, que vem sendo posto em prática já há cerca de três meses visando a desafogar o fluxo de enterros. Já em Palmeira, onde se mantém a tradição das obras de fachada, o cemitério teve seus muros pintados, mas por dentro nada mudou. Pode-se comparar a uma citação bíblica em que Jesus Cristo, em pregação, diz: “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Sois como sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de cadáveres e de toda podridão”!