“Vaquejada não é farra do boi, em que os animais entram para morrer”, diz Quintella
O ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, recebeu hoje (25/10), os representantes jurídicos da Associação Brasileira de Vaquejada (ABVAQ) Eduardo Torres e Leonardo Dias, e manifestou apoio ao ato contra a proibição do esporte no Brasil.
O Supremo Tribunal Federal decidiu, recentemente, que a prática é inconstitucional. A deliberação gera um impacto negativo na economia de diversas localidades onde se praticam as “corridas”. Só em Alagoas, de acordo com um estudo da ABVAQ, as vaquejadas geram cerca de 4,8 mil empregos diretos, pagam mais de R$ 5 milhões mensais em salários, totalizando R$ 62 milhões anuais.
Ainda em Alagoas, na lista de atividades que têm funcionários com vínculos ativos, a vaquejada ocupa o 11º lugar na oferta de empregos, superando a indústria têxtil, por exemplo. A cada ano também são realizados quatro leilões, que geram 800 ocupações diretas e indiretas e movimentam cerca de R$ 7,5 milhões cada. “Trata-se de uma prática que faz parte da nossa tradição, da cultura nordestina. A realidade do esporte hoje é muito diferente do século passado, tem mais segurança para o vaqueiro e para os animais. Também não podemos comparar a dominação do boi na vaquejada com a farra do boi ou com as brigas de galos, onde os bichos entram para morrer”, avalia Quintella.