Gilberto Gil fala de saúde, política e por que fez música para sua médica
Em entrevista ao site Coração & Vida publicada neste sábado (22), o cantor e compositor Gilberto Gil falou sobre seu estado de saúde, sobre política e explicou por que fez uma música para sua médica.
Perguntado sobre a musica que fez para a cardiologista Roberta Saretta, Gil explicou que a canção surgiu “desse carinho que eu tenho por ela, pela equipe, por todos que estão cuidando de mim aqui”.
“Como ela é a mais próxima e mais – como é que eu diria? – exigente no sentido da percepção, da diagnose, da recomendação médica, do acompanhamento (…). Mas, na verdade, o que desencadeou a canção foi o fato de ela ter realmente solicitado que fossem extraídos quatro pedacinhos do meu coração, para uma biópsia. Achei que aquilo era muito poético, num certo sentido. E aí resolvi fazer um poeminha. E, já que sou compositor, fiz uma musiquinha também.”
Durante a conversa, Gil falou sobre seus cuidados com a saúde: “Eu sempre cuidei [da saúde] das várias formas, eu sou filho de médico. Meu pai era médico, fui criado desde pequenininho dentro de um consultório”.
De acordo com a assessoria de Gil, o artista está fazendo um tratamento para insuficiência renal no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, e todos os meses será internado para procedimentos e exames.
Questionado sobre como consegue manter “seu espírito zen”, Gil afirmou: “Não sei. Todo mundo pode ser acesso a essa dimensão mais tranquila da existência. Ou seja, com essa capacidade de aceitação, das coisas do destino e tudo. E algumas mais do que outras. Eu talvez seja um pouco mais suscetível a esse tipo de acomodação com a coisa da vida. É uma tendência que vem desde cedo, desde criança, e se intensificou com o tempo, com a coisa de eu passar a me interessar por religiões, filosofias, coisas assim. A busca do conhecimento”.
“A busca do conhecimento foi me dando também essa necessidade de intensificar essa relação cordial com a existência, eu tenho muita cordialidade nesse sentido, da minha vida com o resto da vida.”