Temer: previdência geral e de servidor sem diferenças

michel-temer-brasilia-20161005-0001O presidente da República, Michel Temer, disse que a reforma da Previdência vai acabar com a diferenciação entre os regimes de aposentadoria geral e dos servidores. “Não haverá mais distinção entre previdência geral e do serviço público. Isso é um ponto que já está definido”, afirmou em entrevista à rádio CBN nesta terça-feira, sem dar mais detalhes. Segundo o presidente, ele recebeu apenas um esboço do projeto, e vai analisar a proposta com mais profundidade quando retornar da viagem que fará à Índia e ao Japão – Temer embarca nesta quarta-feira e retorna no dia 21. Mas a ideia é que as mudanças ocorram “para todos os setores”.

Em relação aos regimes de aposentadoria de parlamentares e militares, disse ainda não haver definição, mas indicou que haverá diferença no caso do último grupo. “Militares sempre tiveram tratamento diferenciado em função das particularidades da carreira. ” O presidente disse que pretende conversar sobre a reforma com lideranças da Câmara, do Senado e centrais sindicais após o retorno ao Brasil, e que prevê que a discussão será mais difícil que a da PEC do Teto, aprovada na última segunda-feira.  “Mesmo que não haja concordância, tem que asfaltar terreno. As centrais sindicais podem ficar contra, mas não de uma maneira raivosa.”

PEC do Teto e base

Em relação à PEC do Teto, que foi aprovada no primeiro dos dois turnos necessários, nesta segunda-feira, Temer considerou que a votação mostra sensibilidade dos parlamentares com a questão, e que a tramitação tende a ser mais fácil após a vitória. A medida foi aprovada por um placar de 366  votos a favor e 111 contra, 58 a mais que o necessário.

Para o presidente, a votação dá a dimensão do tamanho do apoio que o governo tem na Câmara. “Em uma matéria que você tem 366 votos, eu creio que é nossa base de governo, que é um pouco mais, pois alguns faltaram porque estavam viajando. Vai a 375 mais ou menos, que é a nossa base governativa”, disse. Temer considera que tem priorizado a interlocução com o Legislativo, o que “ajuda muito” na tramitação de projetos. “Tenho a sensação de que vamos levar isso até o
final do governo, no mesmo ritmo.”

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