Serena Williams questiona padrões de beleza em ensaio sensual

Serena Williams é um ícone que transcende o esporte. Em 20 anos como tenista profissional – estreou com apenas 14 anos –, a americana se consolidou não apenas como uma das melhores atletas de todos os tempos, mas também como um símbolo da luta das mulheres e dos negros. Desde o início de sua vitoriosa carreira, a maior vencedora de Grand Slams (22 títulos, empatada com Steffi Graf) chama a atenção por seus vestidos e penteados extravagantes e também por seus protuberantes músculos. Serena ama a si própria e jamais teve vergonha de ser quem é. E é justamente a sua autoestima– além, claro, de seu incrível talento como tenista – a melhor resposta aos racistas, misóginos e preconceituosos que a acompanham desde a adolescência.

Em uma longa entrevista à revista americana The Fader, Serena Williams falou, entre vários assuntos, sobre como conseguiu desafiar os padrões de beleza e disse que jamais deu atenção aos críticos. “Desde que ganhei meu primeiro Grand Slam, não leio nada que escrevem sobre mim. Se vejo meu nome, desvio o olhar, olho só as fotos. Não leio porque não quero ficar muito convencida (com os elogios) e ao mesmo tempo não quero ter essa energia negativa (com as críticas).”

f106-cover-serenawilliamsSerena Williams realizou um ensaio sensual para a revista e se disse plenamente satisfeita com suas medidas. “As pessoas dizem ‘ela é muito forte’, depois dizem ‘ela é muito sexy’, depois dizem que sou muito forte de novo. Elas não se decidem. Mas de qualquer forma, eu não me importo. Eu sou eu e nunca mudei.”

A tenista de 34 anos ainda relembrou um de seus figurinos marcantes. “Sempre me senti confortável com minha sexualidade, mesmo antes daquele macacão “mulher gato” do US Open de 2002. Me sinto segura desde que eu tinha 20 anos, ou talvez antes.”

Serena também falou sobre sua importância no combate ao racismo no mundo. Ela contou que uma de suas maiores emoções foi visitar o continente africano – “sempre quis conhecer minhas raízes” – e que o encontro com Nelson Mandela e a leitura da biografia do líder sul-africano morto em 2013 mudaram sua forma de enxergar o mundo.

Serena só jogou na defensiva na hora de falar sobre sua vida amorosa. “Isso é algo que realmente eu não falo. É uma das poucas coisas que eu tento manter privadas o máximo possível”.

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