Polícia prende novos suspeitos de estupro coletivo em Penedo
A Polícia Civil divulgou neste sábado (17) informações sobre dois casos de estupro coletivo registrados em julho que tiveram como vítima uma adolescente de 17 anos de Penedo, região do Baixo São Francisco.
Segundo o delegado Guilherme Iusten, três homens foram presos nesta semana por estuprar a vítima. Outros quatro suspeitos que haviam sido presos anteriormente foram liberados na sexta-feira (16).
O delegado, ex-titular de Penedo e que participou das investigações, explicou que os dois casos são distintos, mas envolvem a mesma vítima. Ainda segundo Iusten, houve um desencontro de informações assim que a adolescente procurou a delegacia para prestar queixa.
A polícia recebeu em julho imagens da agressão sexual que haviam sido divulgadas por meio do WhatsApp. Em depoimento, a vitima apontou cinco pessoas como supostos agressores. Quatro deles foram presos.
Klebson Campos, 36, Gilberto Nunes Oliveira Junior, 29, Isack Barbosa Ribeiro, 36, e Ricardo Diego Pereira Santos, 30, foram apresentados à imprensa no dia 20 de julho. Todos eles negam as acusações, mas Santos admitiu que teve relação sexual consensual com ela. Um quinto suspeito, identificado como Magno, continua foragido.
De acordo com o delegado, durante diligências no local apontado pela vítima onde teria acontecido as agressões, a polícia descobriu que não se tratava do mesmo lugar onde o vídeo foi gravado.
“Apesar do vídeo não ter sido nesta casa apontada pela adolescente, encontramos um lençol com sêmen e mandamos para a análise”, falou o delegado.
Iusten disse que a adolescente procurou a delegacia para explicar que o vídeo é de uma outra agressão que ela teria sofrido. “Houve essa confusão da parte dela, mas pelas investigações há indícios de que ocorreram dois crimes. Com a denúncia, pedimos a prisão dos outros três suspeitos”, disse.
Os suspeitos Filipe Emanoel, Daniel Mota e Emerson Alencar foram presos na quinta-feira (15), em cumprimento a um mandado de prisão expedido pela 4ª Vara Criminal de Penedo.
No dia seguinte a essa prisão, os quatro suspeitos que estavam presos há dois meses foram liberados. O delegado explicou que eles foram soltos mediante a uma medida cautelar, porque o prazo da prisão temporária expirou. “Isso não quer dizer que não houve crime. Ainda estamos aguardando o resultado do material recolhido no lençol na casa do Magno”, informou o delegado.