Senador Collor se vingou do PT ajudando derrubar a Dilma da Presidência
Primeiro presidente da República a sofrer impeachment, em 1992, o senador Fernando Collor (PTC-AL) votou favorável à cassação do mandato da presidente afastada Dilma Rousseff, mesmo depois de se reunir com a petista e com o ex-presidente Lula no último domingo (28).
O senador usou em seu último discurso antes do julgamento de Dilma, trechos de uma nota divulgada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pelo Movimento dos Sem Terra (MST) em 1992, época do seu impeachment, para afirmar que “o país não vive qualquer clima de golpe”.
Parafraseando a nota dos grupos que hoje são contra a saída de Dilma afirmou: “A crise que abala a nação não é fantasiosa, nem orquestrada, porém protagonizada pelo próprio poder Executivo”.
Collor afirmou que “a destituição de um chefe do Executivo não é uma pena, mas uma medida de governo”. Para o senador, o impeachment é usado “como solução de crises”. E relembrou seu caso, quando mesmo “eleito democraticamente”, o “condenaram politicamente em meio à uma trama”.
O ex-presidente ressaltou que o processo atual é “completamente diferente”. E disse que Dilma fez da “cegueira econômica seu calvário” e da “surdez política o seu cadafalso”.