Com dados falsos, projeto da peça ‘Maysa’ é suspenso pelo MinC
O Ministério da Cultura suspendeu cautelarmente para análise o andamento do projeto da peça teatral Maysa, que tentava captar verbas de isenção fiscal pela Lei Rouanet, por suspeitas em relação ao orçamento apresentado pelas produtoras responsáveis. O projeto, que ainda não havia sido aprovado pela Pasta, parou na diligência da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura (Sefic), que solicitou a adequação de parte dos documentos.
A peça teria direção geral de Jayme Monjardim, filho de Maysa, e planejava sair do papel em um prazo de dois anos, para circular por três capitais em um total de 88 apresentações.
Reportagem do jornal Folha de S. Paulo revelou nesta quarta-feira que o projeto avaliado em 15,7 milhões de reais tramitava com documentação falsificada, que tentava justificar gastos de 2,5 milhões com aluguel de aparelhos de ar-condicionado. Duas produtoras estão envolvidas na peça, Fidellio e Brancalyone — a última foi a responsável pelo orçamento forjado.
Ao site de VEJA, Deco Gedeon, da Fidellio, disse que ficou surpreso com o ocorrido. “Soube da situação quando a reportagem da Folha me ligou. Achei que era absurdo, até porque é um erro grotesco, não podemos aprovar um orçamento errado que depois terá que ser comprovado na prestação de contas”, diz Gedeon. O produtor do espetáculo afirma que quando recebeu a confirmação do caso enviou uma notificação extra-judicial à Brancalyone, para que haja esclarecimento.
ocinadores”, conta Gedeon, que não planeja abandonar o projeto. “Seria muito triste ficar só no sonho. Queremos apresentar a Maysa em grandes arenas públicas, em um belo espetáculo 360 graus. Mas fomos atropelados por uma estupidez”, lamenta.