Isvânia Marques: Uma grande e talentosa mulher
Carlos Augusto Carretinha
Em noite de gala, porém de uma forma sutilmente informal, como não se costuma acontecer em eventos daquela natureza, boa parte – boa mesmo – da sociedade alagoana pôde reverenciar os vinte anos de vida literária da palmeirense “da gema”, a professora e escritora premiadíssima, Isvânia Marques da Silva, na noite dessa sexta-feira, 26 de agosto.
Isvânia Marques, em ocasião inesquecível para todos que ali estiveram, conseguiu denotar o que é simplicidade aliada a bom gosto, fineza e resgate de história e cultura, algumas de suas marcas registradas. Não tem se comportado assim só por esses últimos 20 anos, porém ao longo de toda a sua vida, o que se confirma inclusive por meio de depoimentos das mais antigas freiras do Centro Educacional Cristo Redentor, onde foi aluna e professora inesquecível de tantos colegas, além de amigos mais recentes ou de outrora.
Não seria necessário aqui enaltecer outra vez a sua trajetória de vida em mais uma simples biografia. Basta apenas falar mais uma pouco sobre essa mulher encantadora, suave e, ao mesmo tempo altiva, tudo isso no mais alto nível de quaisquer que sejam as virtudes. Uma das mais autênticas traduções e expressões da brava mulher palmeirense, e por que não dizer, da mulher alagoana, da mulher como um todo? A sua veia literária não é preenchida apenas por meros, porém muito importantes, vinte anos. Ela é completa por uma vida inteira de intelectualidade involuntária, bondade imensurável, serenidade admirável, generosidade à flor da pele, sem a mínima intenção de ser tão lindamente reconhecida, como antes e hoje.
Que belo palco aquele, protagonizado pela linda Isvânia, com sua elegância e irreverência; pela encantadora e infantil apresentação do balé do Cristo Redentor; pela magistral performance do inconfundível Chico de Assis, com a poesia que lhe toma os nervos , o sangue e a expressão vocal; pelo lindo desfilar de um tango nos passos de um jovem casal; por um poema de Isvânia, a bela homenageada da noite, musicado por uma colega acadêmica; por versos de uma Aparecida “querida”, que a todos emocionou; pelo desfile deslumbrante da voz linda e irretocável da musa, Leureny, ao lado do sempre maestro, de múltiplos instrumentos, Zaílton Sarmento. E como esquecer da forma como fomos saudados, recebidos e embevecidos àquela noite ao som do Tribone, orquestra de trombones e percussão, sob o comando do maestro Wellington.
Que noite foi aquela, minha gente?
Inesquecível!!!
“Hoje, os meus grandes amores são minha família, minha literatura e meus amigos”, definiu humilde e maravilhosamente, sobre esses vinte anos de vida literária e sobre si, a brilhante Isvânia Marques.
E o que me causou uma das maiores emoções e orgulho naquele momento, mesmo tendo sido citado como amigo, jornalista companheiro, foi vir à tona a sua memória afetiva, recordando um fato lindo: fomos, eu e minha irmã, Danielle, ainda aos cinco ou seis anos de idade, pajem e dama, os “portas-alianças” de seu casamento com o nosso querido Paulo Ney, lembrança que nos emocionou na memorável noite de 26 de agosto de 2016.