Delegacias do interior de AL vão ser transformadas em Casas de Custódia

dsc01156A Secretaria de Segurança Pública de Alagoas tem reforçado o trabalho investigativo e ostensivo para tentar reduzir a criminalidade nas ruas, resultando no aumento de prisões efetuadas em todo o estado. O problema é que enquanto o número de criminosos soltos diminui, aumenta a população carcerária, inflando o já superlotado sistema penitenciário.

Como uma das medidas para minimizar essa deficiência, o governo vai transformar delegacias do interior em novas Casas de Custódia, para evitar que presos provisórios lotem os presídios. A ideia é fazer isso em Santana do Ipanema, Penedo, Arapiraca e União dos Palmares.

Segundo dados oficiais do governo do estado, até o último dia 23, a população carcerária no estado era de 4.028 reclusos, com excedente de 1.194 presos.

Mas a superlotação não é restrita só aos presídios. Delegacias Regionais e Casas de Custódia também sofrem com o problema e, muitas delas ainda possuem deficiências na infraestrutura, como constatou uma inspeção em unidades provisórias de Maceió no último dia 24.

No interior não é diferente. O Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol) de Alagoas diz que a unidade polical de Arapiraca é insalubre e tem estrutura precária.  O prédio abriga dezenas de veículos amontoados em um espaço inapropriado.

Segundo o sindicato, o ambiente de trabalho é precário e serve como depósito de lixo e foco de mosquitos e animais peçonhentos. Em 14 de junho deste ano, o Sindpol pediu a interdição da delegacia à Justiça.

Esta semana, o governador falou Renan Filho (PMDB) falou sobre os projetos para desafogar as penitenciárias. “Nós estamos reformando as delegacias regionais e vamos transformá-las em Casas de Custódia, o que vai abrir vagas regionais para os presos provisórios”.

De acordo com o governo, para que flagrantes e boletins de ocorrência continuem sendo feitos, unidades do Centro Integrado de Operações (Ciops), onde vão trabalhar policiais civis e militares, também serão construídas.

Enquanto se fala em obras para desafogar os presídios, já há um prédio em Maceió que poderia cumprir essa função. O novo presídio de segurança máxima tem mais de 700 vagas. Ele foi entregue em janeiro, custou R$ 40 milhões aos cofres públicos, mas não está funcionando.

Segundo Renan Filho, o estado não tem  receita para contratação de funcionários para a unidade.

“Há amarras burocráticas para abrir um presídio. Como não posso contratar mais gente por concurso público e nem botar mais gente do estado porque eu estou no limite máximo da Lei de Responsabilidade Fiscal, nós estamos vendo um meio legal de abrir o presídio”, afirmou o governador.

G1

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