Morte do capitão Rodrigues será reconstituída no dia 31 de agosto

8A reconstituição da morte do capitão Rodrigo Moreira Rodrigues vai acontecer no dia 31 de agosto, no loteamento Jardim Petrópolis II, bairro Santa Amélia, a partir das 19h. Além do Ministério Público, também participarão as Polícias Civil e Militar e o Instituto de Criminalística (IC). O militar foi morto enquanto checava a denúncia de que havia um suspeito de ter roubado um celular naquela localidade. O suspeito do crime, Agnaldo Lopes de Vasconcelos, está preso.

O pedido para a reprodução simulada foi feito pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), por meio da 49ª Promotoria de Justiça da Capital (Tribunal do Júri), e a autorização foi concedida pelo Poder Judiciário.

O promotor titular da 49ª Promotoria de Justiça da Capital, José Antônio Malta Marques, vai acompanhar todos os passos da reconstituição. “Solicitamos a reprodução simulada para que possamos esclarecer algumas dúvidas de natureza técnica com relação aos tiros e, claro, para fortalecer as provas que já constam nos autos da ação penal”, explicou ele.

É José Antônio Malta Marques o autor da denúncia contra o corretor de imóveis Agnaldo Lopes de Vasconcelos. Inclusive, para que o trabalho possa ser realizado de forma que possa chegar o mais próximo possível do momento do homicídio, o promotor solicitou a presença do réu, que estará presente.

A acusação

Em maio último, a 49ª Promotoria de Justiça da Capital denunciou Agnaldo Lopes de Vasconcelos por homicídio qualificado e pediu a condenação do denunciado, que teria atirado no policial por, supostamente, vê-lo escalando o muro da sua casa.

Segundo o promotor de Justiça José Antônio Malta Marques, o homicídio é qualificado por ter como vítima um policial militar no exercício da função, conforme prevê o Código Penal Brasileiro. Para o representante do MPE/AL, a autoria está confirmada mediante os depoimentos prestados pelas testemunhas e declarantes nos autos, sobretudo a confissão do próprio réu. “Já a materialidade delitiva está comprovada por meio do laudo do exame cadavérico, corroborada pelas demais provas constantes no inquérito policial”, disse ele.

O crime ocorreu na noite do dia 9 de março, na casa de Agnaldo Lopes, localizada no loteamento Jardim Petrópolis II, bairro Santa Amélia, em Maceió, quando o militar buscava recuperar um aparelho celular roubado. Naquela data, desenvolvia-se em toda a capital a operação policial “Saturação”, que visava coibir a prática de assaltos, motivo pela qual a vítima foi acionada com sua guarnição para prender o autor do roubo do objeto, bem como recuperar e entregá-lo de volta ao dono.

Segundo o inquérito policial, o celular tinha um aplicativo antifurto, com função de rastrear o eletrônico por meio de GPS. O geolocalizador registrou como última localização do aparelho uma área com raio de cinco metros, onde se encontrava a casa do denunciado. Acompanhado pela guarnição e pela vítima do roubo, o capitão Rodrigo Rodrigues bateu à porta da residência de Agnaldo Lopes e identificou-se como policial, pedindo para entrar.

Diante da negativa do residente, o militar subiu o muro da casa, no momento em que foi surpreendido com dois tiros de arma de fogo, vindo a cair para o lado externo da casa. A guarnição prestou socorro de imediato, mas o capitão não resistiu aos ferimentos e veio a falecer no Hospital Geral do Estado.

A Polícia Civil apurou, posteriormente, que o roubo do aparelho celular foi praticado por Ronaldo Paiva de Amorim Júnior e José Romão da Silva Júnior. Este último mora numa casa próxima à residência do denunciado, dentro do raio de cinco metros apontado pelo geolocalizador.

Fonte: Assessoria

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