Suspensão de cirurgias pelo SUS no Hospital do Açúcar é alvo do MPF-AL

da63efd74eb445c0a1259a0e15ef5a59_hospitaldoacar.1O Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas está investigando a suspensão de cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Hospital do Açúcar, em Maceió. Nesta terça-feira (16) houve uma audiência pública para discutir a situação, já que as cirurgias não estão sendo realizadas devido a greve dos médicos anestesistas.

“Temos dois procedimentos relacionados ao hospital. Um mais antigo que é referente a um outro período que a unidade passou dificuldades. E um mais recente que apresenta novas dificuldades”, expõe o procuradora da República, Roberta Bonfim.

A audiência é resultado de um inquérito civil aberto no ano passado para apurar denúncias de que o Hospital do Açúcar não estaria fazendo cirurgias pelo SUS. Os procedimentos não estariam sendo feito por causa da greve dos médicos, que estariam sem receber pagamento.

No entanto, o Conselho Regional de Medicina (CRM) diz que o problema vai além e que a situação é grave. “A questão vai desde a falta de pagamento de salários a condições de trabalho, devido a falta de insumos para procedimentos cirúrgicos”, diz o presidente do CRM em Alagoas, Fernando Pedrosa.

O Hospital do Açúcar é filantrópico e recebe verba do SUS, que vem pelo município. “Nós temos acompanhado rigorosamente o que rege o contrato de assistência à população”, expõe o coordenador de Regulação, Controle, Avaliação e Auditoria da Secretaria Municipal de Saúde, Deraldo Lima.

O presidente do Hospital do Açúcar, Edgar Antunes Neto, diz que o valor está desatualizado e que os repasses chegam com atraso. “Recursos federais estão chegando com atraso”, fala.

O hospital também recebe ajuda do estado e a secretária de Saúde, Rosângela Wyszomirska, diz que os repasse são feitos dois meses depois da prestação de serviço.

“Os repasses do Estado são feitos mensalmente. E todos os contratos possuem metas pactuadas. Assim, todo o mês fazemos a revisão das metas e o repasse dos valores firmados”. completou a secretária.

G1 AL

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