MP apura mortes de recém-nascidos na Maternidade Santa Mônica em AL
O Ministério Público de Alagoas (MP-AL) converteu um procedimento preparatório em inquérito civil para apurar mortes de recém-nascidos que teriam acontecido na Maternidade Escola Santa Mônica, localizada no bairro do Poço, em Maceió. A portaria foi publicada nesta terça-feira (16), no Diário Oficial de Alagoas (DOE).
O inquérito, instaurado por meio da 26ª Promotoria de Justiça da Capital, considerou que é dever do estado garantir condições a saúde e formular e executar políticas econômicas e sociais que reduzam os riscos de doenças e de outros danos.
De acordo com a publicação, o Ministério deve zelar pelos serviços de relevância pública e os direitos assegurados na Constituição Federal, como os serviços de saúde em nível individual e coletivo.
A assessoria de comunicação da maternidade informou que vai entrar em contato com a direção para saber se a unidade de sáude já tem conhecimento da investigação do MP.
A maternidade, que atende gestantes de alto risco, foi interditada em 2015, quando houve uma falta de energia e os bebês tiveram que ser transferidos para outras unidades. Na ocasião,uma criança de 1 mês e 13 dias morreu depois de ser transferida para o Hospital Geral do Estado (HGE). Na época, familiares da criança afirmam que o bebê demorou aproximadamente oito horas para ser transferida, e que contraiu uma bactéria após esse processo.
A Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) informou na ocasião que o estado de saúde da vítima já era grave antes da transferência. A secretaria disse ainda que, de acordo com a equipe médica da Santa Mônica, os bebês prematuros extremos têm normalmente uma baixa imunidade, pois ainda estão em formação, ficando vulneráveis a infecções.