Suspeito de estuprar a própria filha de nove anos é detido em Craíbas

3Agentes do 62º Distrito Policial de Craíbas, com apoio da 4ª Regional e do 53ª Distrital de Arapiraca, prenderam na manhã desta quinta-feira (4) Cledisvaldo José dos Santos, de 35 anos, conhecido como “Capilé”, suspeito de estuprar e torturar a própria filha, que na época do primeiro estupro tinha apenas nove anos de idade.

Os policiais, comandados pelo delegado regional Gustavo Xavier, deram cumprimento a mandado de prisão preventiva, expedida juiz da Vara da Infância da Comarca de Arapiraca. O suspeito já foi denunciado pela Promotoria da Infância daquela cidade.

A prisão ocorreu por volta das 9h, na Rua Salustiano Nunes, onde o suspeito estava escondido na residência de seu irmão, no Centro de Craíbas. Foram quatro meses de investigações que resultaram no indiciamento de Cledisvaldo, que abusou sexualmente da filha durante três anos. A menina está hoje com 12 anos de idade.

De acordo com as investigações, Cledisvaldo estuprava a filha em sua residência e da vítima, em Craíbas. Os fatos aconteciam, em média, três vezes por semana na casa em que a vítima morava também com outros dois irmãos de cinco e 13 anos. A mãe tem problemas psiquiátricos e está internada no Hospital ITA, na cidade de Arapiraca.

A menina atualmente reside com a avó materna e, em seu depoimento, afirmou que os estupros, que aconteciam, às vezes, dois dias sim e dois dias não, eram realmente praticados por seu genitor, sempre no horário noturno, quando os irmãos estavam dormindo e, durante o ato sexual, o suspeito tirava toda a sua roupa e cometia todos os tipos de abusos.

A vítima, que já não mais suportava os abusos sofridos, resolveu contar todo sofrimento para a uma amiga que, chocada, aconselhou-a que contasse tudo a uma pessoa adulta.

A garota revelou os fatos para a diretora de sua escola, Cléris Pereira de Lima Silva e também para sua professora de Português, Rosinéia Damasceno, Néia. A direção da escola acionou o Conselho Tutelar da região, que, de imediato, encaminhou a menor à delegacia para realizar exame de corpo de delito no IML. O laudo confirmou o crime.

As investigações revelaram ainda que o denunciado torturava física e psicologicamente a vítima, na intenção da mesma confessar, à força, que se relacionava com colegas da escola, e ocultar os crimes cometidos por ele.

A menor já chegou a passar duas semanas sem ir para a escola porque foi proibida pelo suspeito. Além disso, ele provocou queimaduras de propósito no corpo da vítima, bem como, às vezes, passava a madrugada mantendo a menina acordada, para que ela dissesse que tinha “paquera” na escola. A coordenadora Cléris e a professora Rosinéia afirmam que a menina jamais se relacionou com meninos na escola.

Cléris declarou que a vítima chegou a mostrar lesões cicatrizadas nas pernas, causadas pelo denunciado, assim como revelou que, certo dia, a menina chegou à escola com a mão queimada, aparentemente causada por óleo quente e, ao ser perguntada, afirmou que o próprio pai havia causado a lesão.

Após negar a autoria do crime, o suspeito foi embora e não voltou mais para casa, até que foi detido.

PC/AL

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