Produtores de Pimenta Malagueta pedem apoio ao governo e secretários
A pimenta malagueta (Capsicum frutescens), é uma planta arbustiva, que chega a medir até 80 cm de altura. Originária da América Central espalhou-se pelo mundo servindo principalmente como condimentos ou molho que torna o alimento com sabor picante.
Ultimamente tem sido cultivada na região agreste de Alagoas em substituição ao fumo, que nos últimos anos entrou em declínio. Por ser um produto que tem menor exigência de custo a pimenta tem possibilitado que o pequeno agricultor possa cultivar e melhorar sua renda. Infelizmente apresenta dificuldades para o cultivo devido a necessidade de água em abundância e também o preço que nos últimos meses teve queda acentuada, baixando de 7 R$ para 5 R$, e atualmente está sendo entregue a R$ 6,50 por kg.
Para colher as pessoas, cobram a metade do valor do kg para venda. Mesmo assim o pequeno agricultor ainda fica satisfeito por ter algo que aumente a sua renda. O apelo maior junto as autoridades vem na questão de aqui no Estado de Alagoas não haver uma indústria de beneficiamento e os produtores continuam nas mãos dos atravessadores que compram e levam para Sergipe, cidade de Lagarto onde é entregue a empresa Maratá.
No Sitio Chã do Meio em Junqueiro, assim como em várias comunidades dos municípios de Arapiraca, São Sebastião e Limoeiro de Anadia o cultivo é feito e garante renda para muitas mulheres que colhem na roça. Ao fim do dia chegam com os baldes cheios de pimentas, que são transferidas para sacos e depois pesadas. Para melhorar a situação dos pequenos agricultores como o Sr. José Pedro Neto, 74 anos que tem uma pequena plantação no Sitio Chã do meio, Junqueiro Al, seria necessário uma cooperativa aqui na região do agreste, onde o produtor entregasse seu produto, sem precisar do atravessador. Outro aspecto de dificuldade para o pequeno agricultor é a água.
A região possui riachos que podem garantir irrigação. O governo deveria olhar para esta questão que tanto beneficia a comunidade e criar projetos de irrigação, principalmente fazendo rede de distribuição de energia elétrica com baixa tensão junto a margem desses riachos, onde cada pequeno agricultor iria colocar uma bomba e ter condições de plantar não só a pimenta, mas até outras lavouras. Fica aqui um apelo ao governo que por meio da Secretaria de Agricultura e também a Secretaria ligada ao comercio possa gerar estratégias para ajudar a esses pequenos agricultores, que garantem renda e o pão de cada dia na mesa de muita gente.