EUA investigam se atirador de Orlando teve ajuda em massacre
Autoridades dos Estados Unidos estão investigando nesta segunda-feira se alguém ajudou o atirador que matou 49 pessoas em uma boate gay de Orlando, na Flórida, mas disseram não acreditar que alguém ligado ao ataque represente um perigo ao público no momento. O FBI (a polícia federal americana) faz hoje uma minuciosa varredura dentro da casa noturna Pulse, onde um atirador que jurou lealdade ao Estado Islâmico (EI) realizou o pior ataque a tiros da história do país.
Os agentes estão procurando pistas para saber se alguém preparou o atentado com Mateen, disse Lee Bentley, procurador-geral do distrito de Orlando, na Flórida. “Existe uma investigação sobre outras pessoas, estamos trabalhando nisso”, afirmou Bentley em uma coletiva de imprensa. “Se alguém mais se envolveu neste crime, será processado”, completou.
O agressor, Omar Mateen, cidadão dos EUA e filho de imigrantes afegãos que nasceu em Nova York e morava na Flórida, foi morto a tiros por policiais que invadiram a boate com veículos de assalto depois de um cerco de três horas. Ainda no domingo, autoridades estimaram em 50 o saldo de mortes, mas nesta segunda-feira esclareceram que a cifra inclui Mateen. No domingo, seu pai disse que o filho não era um radical, mas indicou que Mateen tinha ressentimento de homossexuais. Sua ex-esposa o descreveu como um homem mentalmente instável e violento.
O Estado Islâmico reiterou nesta segunda-feira a responsabilidade pelo ataque. “Um dos soldados do califado na América realizou uma invasão de segurança durante a qual conseguiu entrar em um encontro de cruzados em um clube noturno de homossexuais em Orlando, na Flórida… onde matou e feriu mais de cem deles antes de ser morto”, informou o grupo extremista em uma transmissão em sua rádio Albayaa.
Embora o grupo extremista tenha assumido a autoria da ação, isso não significa que necessariamente tenha dirigido o ataque: nada em sua declaração indica uma coordenação entre o atirador e o Estado Islâmico antes do ataque. E até agora, as autoridades americanas não confirmaram que o atirador agiu seguindo ordens do EI.
Veja (Da redação)