China irá prender por até 7 anos estudantes que colarem no vestibular
Nesta terça-feira, mais de 9 milhões de jovens chineses realizam o exame nacional para entrar na universidade e, pela primeira vez, podem enfrentar até 7 anos de prisão se decidirem trapacear na prova. Os alunos que obtiverem repostas de forma ilegal também serão proibidos de realizar qualquer outro exame de educação pelos próximos três anos, de acordo com a agência de notícias estatal Xinhua.
Representantes do governo afirmaram que a lei, aprovada em novembro do ano passado, é necessária para preservar a imparcialidade do exame, conhecido no país como a prova mais importante da vida de um cidadão. Notas altas podem abrir caminho para uma universidade de renome e uma profissão bem paga, já pontuações baixas são motivo de vergonha para toda a família.
O gaokao, equivalente ao Enem (Exame Nacional de Ensino Médio) brasileiro, é altamente competitivo, por isso, alguns estudantes e seus familiares estão dispostos a encontrar formas inesperadas de burlar a fiscalização da prova. De acordo com o jornal The New York Times, alguns pais contratam empresas para transmitir respostas para os filhos através de microrrádios e outros subornam oficiais para terem acesso à prova antes do dia do exame.
Neste ano, mais de 80 policiais de Pequim foram deslocados para cada um dos 96 locais de prova da cidade com objetivo de monitorar os estudantes. Nas últimas edições do exame também foram instalados scanners de impressão digital nas escolas e sutiãs com aro de metal foram banidos, porque poderiam esconder dispositivos de transmissão.
Segundo o jornal chinês Global Times, oficiais da educação esperam que a possibilidade de prisão acabe de vez com os esquemas de trapaça. “Não acreditem que nenhum grupo ou indivíduo que ofereça uma ‘falsa ajuda’ no teste, pois correm o risco de sofrer com arrependimento durante toda a vida”, alertou o Ministro da Educação da China em um comunicado.
(Da redação)