Airbus testa avião de 25 kg e que foi feito em impressora 3D
A fabricante de aviões francesa Airbus apresentou uma pequena aeronave de quatro metros de comprimento e quatro metros de envergadura feita a partir de peças produzidas quase totalmente com uma impressora 3D (capaz de imprimir objetos). Só os dois motores e os controles é que não são feitos na impressora. A divulgação foi feita durante uma feira de aviação que acontece em Berlim, na Alemanha.
O avião é chamado de Thor, pesa cerca de 25 quilos e foi construído com apenas 50 peças, todas produzidas com a tecnologia. Apenas os motores e os controles não são fabricados em impressora 3D.
O pequeno modelo não tripulado ainda está em fase de experimentação e faz parte dos estudos que a fabricante vem fazendo para incluir esse tipo de tecnologia em sua produção. Para 2016, estão agendados mais de 15 testes com o avião.
Essa não é a primeira tentativa da Airbus de produzir aeronaves com a tecnologia. No ano passado, a empresa americana-israelense Statasys divulgou detalhes da produção de mais de mil componentes feitos em impressoras 3D para o Airbus A350 XWB.
Segundo a Airbus, o uso dessa tecnologia na aviação pode trazer dois benefícios: reduzir o tempo de fabricação das peças e diminuir o peso dos aviões, o que significaria uma redução importante no consumo de combustível.
Além do miniavião, a empresa também exibiu uma parede divisória impressa em 3D para cabines. Essa parte fica entre a área de passageiros e a “cozinha” do avião e é capaz de suportar altas cargas. Além da resistência, a estrutura consegue ser 45% mais leve (30 quilos) que as paredes convencionais.
Alguns testes já foram realizados, mas outros serão feitos em 2016, incluindo um voo de teste a bordo de um A320.
Hangar com robô e óculos de realidade virtual
Durante os quatro dias de evento, que começou na quarta-feira (1º) e vai até sábado (4), a fabricante também apresenta um conceito de “hangar do futuro” que usa a tecnologia para consertar aviões.
Nele, um robô equipado com sensores e capaz de se movimentar independentemente, consegue identificar áreas que precisam de reparo nos aviões. O dispositivo manda as informações para um centro de controle onde os técnicos podem reparar remotamente o problema com a ajuda de óculos de realidade virtual e robôs.
Além disso, possíveis peças defeituosas podem ser repostas usando uma impressora 3D alocada no hangar. Segundo a empresa, isso eliminaria a necessidade de transportar grandes partes de aviões por longas distâncias.
UOL