Ataque de atirador cancela treino da Seleção Brasileira nos EUA
— Dois homens morreram em um assassinato seguido de suicídio nesta quarta-feira no campus da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA), onde a Seleção Brasileira de futebol, que disputa a Copa América nos Estados Unidos, tinha um treino marcado para a tarde de hoje. O campus foi fechado, e alunos foram orientados a buscarem posições seguras e trancarem as portas, durante a ação de forças policiais.
O incidente ocoreu no Boelter Hall, prédio do Departamento de Engenharia, localizado no centro do campus. Uma pessoa que teria sido alvejada foi fotografada deixando o campus em uma maca. Estudantes foram alinhados com as mãos sobre a cabeça e retirados do campus enquanto policiais procuravam o atirador. Evidências encontrados no prédio poderiam constiturir um bilhete suicida, informou a polícia de Los Angeles.
Durante a busca, o chefe da polícia da UCLA, James Herren, levantou a possibilidade de que se tratasse de um assassinato seguido de suicídio.
— É bastante possível que uma das vítimas seja o atirador — afirmou Herren.
A hipótese foi confirmada mais de uma hora depois pelo chefe da polícia de Los Angeles.
— Todo mundo no campus começou a correr e eu corri também — diz Mehwish Khan, uma estudante de psicobiologia de 21 anos, que se refugiou na biblioteca. — Todos estavam confusos. Entramos em um prédio e ninguém soube explicar o que estava acontecendo. Muitos pensaram que se tratava de uma piada ou de um treinamento de segurança.
O “Daily Bruin”, jornal editado pela UCLA, afirmou durante a busca que o atirador era branco e vestia jaqueta e calças pretas.
Após confirmar as duas mortes, o capitão Andy Neiman da polícia de Los Angeles disse não ter o número total de vítimas ou suas condições. Um grande número de policiais patrulhou as ruas do campus que abriga mais de 40 mil estudantes.
Rafi Sands, vice-presidente do corpo estudantil da UCLA afirmou que ele e outros 30 estudantes usaram seus cintos para manter as portas da sala de aula fechadas após as notícias de que havia um atirador no campus.
— Recebemos diversos alertas por questões pequenas — afirmou Sands, de 20 anos. — Demorou até que todos percebessem que se tratava de algo sério.
Nick Terry, de 29 anos, disse ter sentido mais raiva do que medo ao ver o campus fechado pela suspeita de um atirador.
— Parece algo tão sem sentido — afirmou. — Faltam apernas dois dias para as férias e é assim que terminarmos o período?
oglobo.globo