Servidores protestam em Alagoas contra mudanças na Previdência
Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Alagoas realizam uma manifestação, na manhã desta terça-feira (31), contra as mudanças na Previdência Social e contra o que eles consideram um sucateamento do próprio órgão. A manifestação acontece no centro de Maceió, em frente ao prédio-sede do INSS, na antiga Rua da Praia.
Os manifestantes reclamam da série de mudanças nos órgãos que compunham a Previdência Social, por meio da Medida Provisória nº 726. Com isso, a Secretaria de Previdência, que antes integrada ao Ministério do Trabalho, passou para o Ministério da Fazenda e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi transferido do Ministério do Trabalho para o do Desenvolvimento Social e Agrário.
Já o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) e a Empresaria de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev) passaram a ser vinculadas ao Ministério Fazenda e perdem o Social do nome.
A migração foi uma das medidas feitas pelo presidente em exercício da República Michel Temer (PMDB), que assumiu após o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) ser aprovado pelo Senado, no último dia 12 de maio.
Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social e Trabalho no Estado de Alagoas (Sindprev-AL), Lucia Maria dos Santos, o protesto acontece no Dia Nacional em Defesa da Previdência e busca mostrar à sociedade que as medidas tomadas pelo presidente em exercício estão prejudicando e podem sucatear o órgão.
Ela disse que com a medida provisória 726, de 11 de maio, muitas mudanças negativas foram feitas. “A parte da previdência está ameaçada. A medida fez com que o setor arrecadação fosse para o Ministério da Fazenda e o INSS para um novo ministério, que é ligado a questões agrárias”, disse.
Para a sindicalista, essas mudanças podem fazer com que a previdência seja terceirizada. “Não estamos reclamando do aumento da demanda que vai acontecer, mas o número de servidores será o mesmo para fazer maus funções e isso pode prejudicar os serviços que já tem carência”, falou Lucia, ao reforçar que a medida provisória trás que não haverá concurso público.
G1 AL