Grupo se reúne no Espírito Santo e garante fazer contato com ETs
Extraterrestres, experiências paranormais, objetos voadores não identificados, ufologia: assuntos que às vezes são superficialmente comentados pela maioria das pessoas. No entanto, para um grupo de capixabas, os seres de outros mundos (e de outras dimensões) não só existem como se comunicam com os terráqueos periodicamente em uma fazenda na zona rural de Alfredo Chaves, na região Serrana do Espírito Santo.
Segundo esse grupo, ao todo, são 49 raças de extraterrestres diferentes (identificados como “parceiros”) que vêm à Terra para dar orientações sobre como alcançar o máximo de conhecimento através de estudos e de mudanças em hábitos de vida.
“O que a gente faz é ciência, não tem nada de religioso, mas não é a ciência tradicional. Aonde terminam os estudos acadêmicos tradicionais, a gente entra pra explicar os fenômenos considerados inexplicáveis”, afirma o empresário e presidente da filial capixaba do Projeto Portal, Pedro Moraes.
Ele lidera um grupo de cerca de 60 membros em todo o estado, que respondem a uma matriz em Mato Grosso, onde fica a sede do Projeto Portal. Segundo Pedro, o Espírito Santo tem uma incidência muito grande de fenômenos paranormais, como a aparição de extraterrestres.
“É por causa da nossa posição geográfica. Na malha magnética da Terra, o estado fica situado no paralelo 19 sul, o que favorece essas atividades”, explica.
Em um prédio na Praia do Canto, em Vitória, a reportagem do Gazeta Online se encontrou com sete membros do grupo. As idades deles variam bastante: Ismael Trindade é advogado e tem 61 anos, já Gabriel Santos tem 11 anos e foi acompanhado dos pais, Joaquim e Adriane, que participam do projeto há 16 anos.
Segundo o grupo, as ocupações também são bastante variadas, mas em comum, todos têm a certeza de que não estamos sozinhos no universo.
“Se a gente achar que existe vida só na Terra, o universo seria um grande desperdício de espaço. Existem bilhões de galáxias no universo, bilhões de planetas, seria muito estranho acreditar que no meio disso tudo só existe a gente”, diz Pedro.
Os contatos
Segundo os relatos dos participantes, os contatos com os extraterrestres acontecem em locais isolados.
“Eles falam pouco sobre si mesmos. Mas uma vez um parceiro [como chamam os ETs] voltou de uma viagem de seis meses e perguntamos ‘aonde você esteve?’. Ele respondeu que havia visitado outros planetas habitados da nossa dimensão e falou que existem povos em diversos graus de evolução nos outros planetas”, afirma Ismael, que frequenta o projeto há 17 anos.
A crença em extraterrestres rende uma dose de preconceito aos participantes do grupo. “A família acha que a gente é doido, faz brincadeiras, não aceitam que a gente perca um evento pra ir pra fazenda fazer as reuniões. Mas se fosse pra ir pra igreja, todos aceitariam”, conta a administradora Adriane, que leva o filho aos encontros desde que ele era um bebê.
Hoje com 11 anos, Gabriel conta que já teve contato com extraterrestres e afirma não ter medo. “Eu contei no outro dia para a minha professora e ela chamou o meu pai para falar na aula”, conta.
Ainda de acordo com o grupo, as mensagens passadas pelos extraterrestres dizem respeito à libertação da amarras da sociedade e contestação do estado atual das coisas.
“Nós somos escravos de um sistema opressor que faz com que a gente só trabalhe pra sobreviver. A gente quer buscar conhecimento sobre a nossa origem, quer ter qualidade de vida, estudar de onde a gente veio e para onde pode evoluir. E a gente faz isso através dos ensinamentos e direcionamentos passados pelos nossos parceiros”, resume o presidente do grupo.
G1