Empresário assassinado já teria convivido com ameaças de agressão

O empresário João Paulo Barros da Silva, (36) eliminado a tiros neste domingo (08) no Sítio Moreira, zona rural de Palmeira dos Índios, já havia chegado a viver com sério prenúncio de agressão física e moral, fato ocorrido em março de 2014, quando na ocasião denunciou à imprensa local, a depravada conduta, à época, dos atletas do CSE, os quais promoviam devassidões no alojamento da agremiação, afligindo com gritos e uso palavras de baixo calão os residentes das imediações, principalmente em horários inadequados.
Na ocasião, João Paulo chegou a postar um vídeo em sua conta no Youtube, cedendo também para a imprensa o direito de exibição, no qual surgiam atletas em estado de bebedeira. Veja o vídeo da denúncia;

Na ocasião, o Estadão Alagoas procurou ouvir o empresário, numa entrevista com a objetividade de o resguardar junto ao público e autoridades policiais, algo que pudesse acontecer, no tocante a possível  agressão física ou moral ao denunciante.

Confira;

– Por que você teve a ideia de fazer o vídeo que circula na internet, sobre a farra dos jogadores do CSE?

Porque sou Palmeirense nato, filho da terra e apaixonado pelo CSE. Às vezes viajo sozinho pra torcer por esse time, e tenho despesas, fora os perigos das estradas, de acidentes e assaltos.

Eu, como qualquer outro torcedor não achei justo me omitir a tamanha falta de respeito ao torcedor, e isso não pode ficar assim. Todo mundo me conhece aqui na cidade, e sabe que não me omito a esse tipo de atitude.

– O que mais você presenciou, e que não está registrado na gravação?

Presenciei muita baderna, muitas “Marias chuteiras”,  muita bebedeira, e eles cantavam alto. Isso foi até o amanhecer, com muita gritaria por parte das mulheres, e dos que se dizem jogadores.

– Você identificaria os baderneiros se assim for necessário?

Com absoluta certeza identifico dois;. Ives e Marquinhos.

–  Você está com medo de alguma agressão por parte do Grupo?

Estou sim. Não é à toa que já fiz um B.O. e qualquer coisa que eu achar que está me ameaçando, notificarei, para eles serem chamados.

– Você fez um BO neste domingo. Você foi ameaçado e por quem?

Por Marquinhos, e o Carioca o Ivis.

–  Qual foi o tipo de ameaça?

Mandaram eu me fud* e ter cuidado na vida, além de me mandarem tomar no c*, e que não eram daqui nem vieram pra ficar. Isso em tom alto.

–  Apesar de constar alguns nomes no BO, tem mais alguém envolvido?

Não, porque tinha vários jogadores. Só que não pude identificar pois não os conheço. Mas com melhoria de imagem, e até no áudio, eles mesmo falam alguns nomes.

– Depois do BO, qual será a reação da polícia?

Não sei. Mas espero que os agressores não venham me provocar, pois além de estar coberto pela justiça e por Deus, tenho familiares e amigos.

– Algum dirigente do clube já lhe procurou?

Não.

– Está arrependido?

De jeito nenhum! Faria e faço tudo novamente. Assim, aprontem. – Concluiu João Paulo.

O caso teve repercussão em todos os portais do Estado de Alagoas, o que obrigou uma reunião de emergência entre atletas e diretoria do tricolor palmeirense, ocorrendo nesta ocasião, dispensa de alguns atletas.

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João Paulo era apresentado como um habitante da cidade, e até agora não se tem ciência da inclusão do mesmo em algum tipo de desordem, posto que, se assim existisse, há de se acordar de que, o mesmo daria queixa policial, a exemplo do caso do CSE.

A população palmeirense está chocada com o crescimento da criminalidade na região, e principalmente, com a impunidade.

A polícia até o momento não se pronunciou quanto a possível causa que levou à execução bárbara do empresário, bem como, até para não atrapalhar as investigações, deixa de informar qualquer pista deixada pelos assassinos.

Que a população não idealize fazer qualquer prejulgamento, visto que, abalizados investigadores das polícias civil e militar haverão de cumprir com suas obrigações, dentro de reguladas linhas investigativas para esclarecer, não só este, mas também outros delitos ocorridos na Comarca, em especial nos últimos seis meses.

Pelo menos, é o que espera a sociedade palmeirense.

 Da Redação