Olho vivo! As águas do Jacuipe…

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Açude de Igaci

Belo por sua grandeza, ameaçador pela fundura do seu leito, e bonito pelo seu volume d´água, o açude de Igaci, assim chamado pelos tímidos moradores da região, na nossa memória, há uns quarenta anos, por aí, sempre será um marco a ser lembrado por várias e várias gerações do nosso estado.

Não há uma só pessoa da nossa época, que não tenha vivido uma feliz peripécia às margens do Jacuípe. E, por mais que o tempo passe, e Igaci seja transformada, mais ainda, numa cidade modelar, o velho açude continuará escorrendo águas no seu leito, e sendo orgulhosamente reverenciado pelos igacienses e população de outros municípios.

Notando o desenvolvimento espantoso do município, principalmente nesta gestão municipal de Oliveiro Torres Piancó, não há elemento da velha guarda que não lacrimeje ao lembrar o passado. Mas afinal, não se pode morrer de saudade. E, na roda viva da vida as coisas têm que passar por transformações, iguais a estas que ocorrem atualmente na nossa gostosa Igaci.

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A velha Estação Ferroviária

Pouco se tinha o que fazer em Igaci. A cidade servia apenas como caminho entre Palmeira dos Índios e Arapiraca por via férrea, ou estrada de terra batida, isto quando os andarilhos não decidiam por improvisar um atalho passando por Coité, terra do saudoso Gino, e deixando Igaci de lado.

Casa do agente Ferroviário
Casa do agente Ferroviário

Tal qual a novela Velho Chico que altera os anos de um dia para outro, vamos descrever um pouco do Igaci do nosso tempo. Tempo da acanhada Toca do Jacuípe, primeira ideia para adolescer o turismo no município.

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A “Toca do Jacuípe” (2012)

Eram os sábados e domingos de festas! A praia do sertão era no açude de Igaci, cuja praia era visitada por palmeirenses, igacienses e arapiraquenses, numa consonância que causava inveja. Há quem tenha excelentes fotos desta época…

Se fossemos contar todas as nossas aventuras do nosso tempo de rapazola, muito bem vivido em Igaci, teríamos que ocupar um espaço de tamanho inadequado para textos de jornalismo Online, que requer a desenvoltura de saber resumir o pensamento, ou a  informação em forma de notícia.

Era nas águas do Jacuípe que arrancávamos a ressaca das noites mal dormidas, em consequência dos bailes na Maloca do Índio, na AABB, ou no saudoso Aeroclube de Palmeira dos Índios. Nesta época todo mundo tinha um fusquinha! No entanto, muitas vezes o ônibus do “Zé do Óleo” era a nossa salvação.

Lembramos com saudade das festas de Igaci; cavalhadas, parques de diversão, e muita gente bonita. Mas, sem que na época, alguém ousasse observar as belas curvas da formosura das meninas de Igaci. Era perigoso! E acreditem! lembramos até mesmo, de um desfile do TG179, do qual particiamos, e tocando tarô logo na frente da banda… 

Bate coração! Bate com saudade de João Canfinfa, Aldemar, Josmário Silva, Marçal Oliveira, Louro de Modesto, Rosauro Caetano, Djalma Alfaiate, Givaldo, Mário Lajes, Jason, Adailton, e alguns que já partiram… Bate forte!

Vem-nos também à memória, um time de futebol denominado Ferroviário (Ferrinho), criado também pelo Sr. Aloísio, e que muito bem representou a cidade jogando em diversos municípios, como também, recebendo equipes de outras cidades. Há quem confirme a veracidade desta resenha, e possa até acrescentar bom conteúdo.

O Campo de futebol? Primeiro era no barro, num terreno ao lado da estação. Tempo depois, outro foi feito na enxada, e a terra carregada num carrinho de mão, num terreno cedido por uma boa alma.  E aí, Teté?

Igaci… Por sorte que em boas mãos, haverás de crescer ainda mais. No entanto, por mais modelo de cidade no qual você se transforme, permita-me mergulhar na saudade das Águas do Jacuípe…

Fui!

Austrelino Bezerra

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