Chama é acesa, e Giovane dá início ao revezamento da tocha rumo ao Rio
No berço dos Jogos, a chama olímpica foi acesa para Rio 2016. Em cerimônia realizada em Olímpia, a 300km de Atenas, na Grécia, a luz solar acendeu a flama e deu início ao revezamento da tocha olímpica. Após apresentação artística, o ginasta Eleftherios Petrounias foi o primeiro atleta a levar a tocha, passando para as mãos do brasileiro Giovane Gávio, bicampeão olímpico com a seleção de vôlei.
De Olímpia, a tocha cruza a Grécia por seis dias. Depois, viaja para a Suíça, onde passará pela sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra. Além disso, será levada para o Museu do Comitê Olímpico Internacional (COI), em Lausanne. A chama desembarca no Brasil no dia 3 de maio, onde percorrerá por 329 cidades. A primeira delas será Brasília.
A parte protocolar do evento começou com dançarinos formando os anéis olímpicos. Na sequência, hasteamento das bandeiras do Brasil, da Grécia e das Olimpíadas, além da execução dos hinos, dando início oficial à cerimônia. Foi a vez, então, de o ator Yannis Stankoglou recitar o poema olímpico, seguido por autoridades, que falaram sobre a tradição da flama olímpica e da expectativa para os Jogos.
– Com grande emoção e energia, estamos aqui, na sagrada terra de Olímpia, para o início dos Jogos. Os Jogos começam hoje, com o acendimento da tocha – disse Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico do Brasil e do Comitê Rio 2016, dando lugar, na sequência, ao presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach.
Em seu discurso, Bach lembrou o momento de instabilidade que o Brasil vive diante das crises econômica e política. Por isso, afirmou que as Olimpíadas são uma oportunidade para que o país volte a se unir.
– O Esporte nunca levanta barreiras entre países e culturas. Em tempos difíceis, essa mensagem é mais relevante do que nunca. É por isso, que, com nossos amigos do Brasil, estamos escrevendo a história hoje. Pela primeira vez, os Jogos serão sediados na América do Sul. Essa marca mostra nossa universalidade. O Rio de Janeiro, com o apoio de todos os brasileiros, vai celebrar uma demonstração gigante de suporte humano. Esse será o momento do Brasil e esses serão os Jogos Olímpicos. Esses Jogos serão uma mensagem de esperança em dias difíceis. Somos parte de uma só humanidade, símbolo de paz e harmonia, símbolo do poder da humanidade de se juntar, apesar das diferenças – afirmou o dirigente.
Na sequência, foi dado início à apresentação teatral da cerimônia. Vestida como sacerdotisa, a atriz Katerina Lehou comandou o acendimento da chama no Templo de Hera. Cercada por outras atrizes e dançarinos, levou a chama até o local do evento. Após a apresentação, acendeu a tocha que estava nas mãos do ginasta Eleftherios Petrounias.
Rival de Zanetti, o ginasta carregou a tocha até o monumento do Barão Pierre de Coubertin, onde foi enterrado o fundador do Comitê Olímpico Internacional. Na sequência, passou a honra para Giovane, que abriu oficialmente o revezamento da tocha olímpica.
– Receber a Tocha aqui nesse lugar sagrado foi único e estou emocionado. Um daqueles momentos que fica na memória, a sensação de que o mundo parou. Eu ajoelhei, corri e me diverti. Estou aqui representando os atletas e para inspirar os brasileiros. Os Jogos são do Brasil e temos de viver isso intensamente. O esporte não pode ser feito só por conquistas de medalhas, junto com a educação ele pode transformar vidas. Esse é o grande legado que os Jogos vão deixar para o nosso país – afirmou Giovane.
Nos Jogos da modernidade, o revezamento da Tocha ocorreu pela primeira vez na edição de Berlim , em 1936. Na antiguidade, os gregos consideravam o fogo um elemento ”divino”, e deixavam fogos acesos nas entradas dos principais templos. O mesmo ocorria no santuário de Olímpia, que era o palco dos Jogos da antiguidade. Em 2016, serão 20 mil quilômetros percorridos, além de 10 mil milhas aéreas, com 12 mil condutores.
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