Alagoas e um eventual governo Temer

O impeachment da presidente Dilma abre as portas para uma rearrumação política nacional, que terá implicação direta nos estados, seja com a ascensão de Michel Temer (PMDB) à Presidência da República, seja com a permanência de Dilma no Palácio do Planalto.

As maiores expectativas, no entanto, são em torno de um eventual governo Temer, que, em Alagoas trará mudanças substanciais, podendo inclusive interferir nas eleições municipais.

O Partido Republicano, por exemplo, passará a ter um papel mais relevante por ser o partido bastante decisivo no momento que o alagoano Mauricio Quintella realizou o efeito dominó pegando todos de surpresa renunciando a liderança do PR e arrastando mais de 27 parlçamentares republicano para apoiar Temer.

Mauricio foi um dos primeiros a apoiar Temer da bancada de Alagoas, levando inclusive o PP de Ciro Nogueira – amigo particular de Quintella – a mudar de lado. O PP, do federal Arthur Lira, embora tenha demorado a se posicionar a favor do afastamento, poderá estreitar os vínculos com o governo federal, devendo manter, no entanto, a linha de independência até porque, passado o fragor do impeachment, todos os olhos estarão voltados para 2018. O PMDB de Renan Calheiros, mesmo tendo apoiado a Dilma, o Michel Temer que mantem um relacionamento de Tom e Jerry, não fechará a porta. Inclusive, uma das joias do PMDB alagoano, Vinicius Lages é cotado para o Ministerio da Integração ou retornar ao Turismo onde realizou um bom trabalho. Marx Beltrão não precisará de bengala para chegar ao Temer. Também terá a sua fatia no governo. Temer não deseja brigar com o senador Renan Calheiros. Por fim, uma decisão favorável a Dilma dará a ela a oportunidade de ampliar o espectro político de seu governo, considerando o seu aceno para a formação de um pacto.

 

Por Bernardino Souto Maior

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