Temer tem que ter time de “notáveis”
Michel Temer não pode lotear o ministério com os partidos que têm assento na Câmara Federal, sob pena de não ir para lugar nenhum Michel Temer está com pressa para assumir a Presidência da República, a julgar pelo vazamento do texto com que pretende dirigir-se à nação, no próximo domingo, caso o plenário da Câmara confirme o pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff.
O vice cumpriu bem o seu papel na fase que antecederia a saída de Dilma. Conversou com os presidentes de todos partidos que têm assento na Câmara Federal, salvo do PT e do PCdoB, convenceu o PSB a embarcar na canoa do impeachment e dobrou a resistência do PSDB que se negava a participar do seu eventual futuro governo.
Como lhe falta a legitimidade originária para conduzir os destinos da Pátria, está obrigado a constituir um “ministério de notáveis” onde figurem, por exemplo, José Serra (Fazenda), Nélson Jobim (Justiça), Dráuzio Varela (Saúde), Henrique Meirelles (Banco Central)nenhum.