Olho vivo! Palmeira: Parece que aqui se mata e fica por isso mesmo
Tem sido um exercício constante, porém danoso, o fato do jornalismo brasileiro se prender tão somente a propalar o acontecimento. As implicações, um dos principais elementos da linguagem jornalística (o que, onde, quem, e por que), se forem detectadas até o momento da composição da notícia, ou mesmo, uns três ou quatro dias depois, tudo bem! Volta-se ao tema mais uma vez nas agitadas redações de jornais, e portais de notícias do nosso Brasil.
Percebemos que a continuidade na busca do esclarecimento final do fato, é o objeto capital do jornalismo investigativo, umas das áreas mais nobres da arte de se produzir notícias. O problema consiste no custo desta particularização, e não na ingênua vontade dos veículos de comunicação.
“O jornalismo investigativo envolve expor ao público questões que estão ocultas – seja deliberadamente por alguém em uma posição de poder, ou acidentalmente, por trás de uma massa desconexa de fatos e circunstâncias que obscurecem o entendimento. Ele requer o uso tanto de fontes e documentos secretos quanto divulgados. A cobertura convencional de notícias depende amplamente – e, às vezes, inteiramente – de materiais fornecidos pelos outros (por exemplo, pela polícia, governos, empresas, etc.); ela é fundamentalmente reativa, quando não, passiva.”
Desde quando nos entendemos como gente, se é que o somos, sempre fomos atraídos por notícias sobre acidentes, sequestros, roubos de bancos, e principalmente de assassinatos, sejam eles à bala, golpes de faca-peixeira, facão, machadada, e o raio que nos parta. Para cada episódio deste, obrigatoriamente tem um componente causador; um motorista alcoolizado, um motoqueiro insensato, uma mulher que atraiçoe o marido, um traficante que não recebeu o bronze, um assassino encarregado, e o bambambã que se preza.
Num tempo de meditação jornalística, chegamos a nos interrogar sobre o quanto somos “mancos” na apuração de um fato, ou o quanto são “capengantes” os órgãos policiais, quer sejam de nossa cidade, estado, ou até mesmo do nosso país.
Qualquer menino do bucho grande sabe nominar de A a Z, os crimes acontecidos em Palmeira os Índios (vamos começar por nossa própria casa), neste últimos dois anos. No entanto, nenhuma pessoa é capaz de assegurar com integral confiança, quem foram os delituosos, e onde estão eles.
Dizem, que “o que aqui se faz aqui se paga”. Esta máxima é falaciosa, porque existe uma prática onde os que aqui chacinam, aqui não pagam. Na desconfiança, inicie a pensar nos crimes brutais ocorridos em Palmeira dos Índios nos últimos cinco ou dois anos, e tente lembrar os autores foram encarcerados, julgados, condenados, ou absolvidos.
Até nos pinta a ideia de que; se um bandido executar o seu ofício na nossa terra, e alcançar cruzar a fronteira do estado, em Paulo Alfonso ou Porto Real de Colégio, que o crime seja dado como apurado, porque a partir daí, neste país de vasta dimensão geográfica, e residido por milhões de bandoleiros, a captura torna-se humanamente impraticável, salvo utilizando as redes sociais.
A falha da imprensa, até mesmo pela dinâmica de constantes de crimes, talvez esteja na deficiência de um jornalismo investigativo dentro das redações, enquanto que, a falha da polícia possa está na limitação da busca, consequência da falta de infraestrutura no seu aparato, ou no apertado quadro de investigadores.
Assim como a Polícia Militar apresenta contas das suas ações, é necessário que a Polícia Civil, em particular de Palmeira dos Índios, encontre também, uma maneira de informar à o cotidiano de suas atividades, naturalmente ocultando, aquilo que possa atrapalhar a linha da investigação.
Austrelino Bezerra
Melhor ser mais objetivo e falar de um fazendeiro impune e uma médica que querem mandar na cidade e comemorar a justiça que beneficia os ricos e tocar o terror na cidade.