Parlamento da África do Sul rejeita impeachment do presidente Zuma
O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, sobreviveu a uma histórica votação no Parlamento sobre um possível processo de impeachment, com seu partido atuando em sua defesa mesmo diante dos amplos pedidos de renúncia.
Zuma enfrenta denúncias de corrupção e uma decisão sem precedentes da alta Corte do país, que na semana passada afirmou que ele desrespeitou a Constituição da África do Sul. Em fevereiro, o presidente sul-africano aceitou devolver parte dos 246 milhões de rands (60 milhões de reais) de dinheiro público que gastou há seis anos na reforma de sua residência. A presidência havia justificado como obras destinadas a garantir a segurança do líder – e, portanto, a cargo do contribuinte – a construção de um estábulo para vacas, um galinheiro, uma piscina e um anfiteatro em sua casa de Nkandla.
Ainda assim, Zuma tem sido protegido por seu partido, que detém ampla maioria no Parlamento, e assegurou 233 votos contra o processo de impeachment, que recebeu 143 votos a favor – a oposição precisava de 267 votos para aprovar o afastamento.
Julius Malema, que já foi protegido de Zuma e agora lidera o partido de oposição Combatentes da Liberdade Econômica, defendeu a mobilização nas ruas caso o pedido de impeachment fosse derrotado.
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