CSE mais uma vez escapa por muito pouco do rebaixamento e ainda comemora, creiam
Por Carlos Augusto Carretinha
“É tricolor, é tricolor, olê, olê olê…”, refrão que até pelo menos oito anos passados ainda fazia com que o palmeirense, apaixonado por futebol, ainda estufasse o peito e soltasse a voz num hino, até com a mais remota esperança de um dia conquistar um título alagoano de futebol da primeira divisão. Nunca aconteceu.
Triste ver que entra ano, sai ano e o CSE continua travando uma humilhante luta contra o velho fantasma do rebaixamento, situação a que já chegou duas lamentadas vezes. E é bom lembrar que a paixão tricolor não se abateu em nenhuma delas. A apaixonada nação tricolor-xucurus permanecerá fiel, como continua até hoje, mesmo diante dos desmandos e péssimas gestões, vale salientar, com raras exceções a que, ao longo dos últimos anos vem se submetendo o nosso hoje Clube Sociedade Esportiva, antes, o nosso glorioso Centro Social Esportivo (CSE).
Os anos passam, os recursos para a devida destinação esportiva chegam, diga-se de passagem, mal aplicados – entre contratações atrapalhadas e irresponsáveis, além de reformas de estádio (várias, diga-se de passagem) – sem as cobradas prestações de contas ou resultados satisfatórios. E a torcida tricolor permanecendo firme e ainda confiante naqueles que se acham, e o pior, se dizem conhecedores e amantes de nosso futebol que só tem uma tradução: CSE.
Qual nada! Os que ali naqueles bastidores, entre políticos e diretores, tratam o futebol tricolor e palmeirense apenas como negócio e moeda política, são quase os mesmos no decorrer do período em questão. Sabendo, ou não, que estão dando um verdadeiro “tiro no pé”, pois o poder pelo poder faz, mais cedo ou mais tardem com que as pessoas cansem de ser tapeadas. Mas, é que a nação tricolor-xucurus é tão paciente que chega a ser ridicularizada, inclusive por torcidas, antes rivais, como por exemplo, a do ASA da vizinha Arapiraca, diante da qual hoje abaixamos a cabeça. Eles sim tiveram gestores que amam o seu futebol e o povo apaixonado por seu clube de coração.
Mais uma vez o nosso “tricolorido” se arrastou para não ser rebaixado novamente. Com todo o respeito ao valente Ipanema, da vizinha Santana, o CSE, que gastou muito mais do que o time “canarinho do sertão”, não merecia mais uma vez passar nem deixar a sua torcida suportar mais essa humilhação.
Será que o prefeito James Ribeiro e sua “claque”: os que apenas o aplaudem; os que são até apelidados de “catengas”, por apenas acenarem com a cabeça para cima e para baixo, aprovando incondicionalmente seus atos, muitos deles atabalhoados, acham mesmo que com mais uma fuga do rebaixamento, o CSE obteve alguma glória?
Ao fim da partida contra o Ipanema, no final da tarde dessa quarta-feira (06), em clima de um grande “UFA!”, o tricolor palmeirense se reuniu ao centro do campo para agradecer a Deus, em oração, o pífio resultado de 1 a 0 a seu favor. Em um segundo tempo que só deu destaque ao time de Santana, o CSE escapou de tomar pelo menos um gol, o que mais uma vez, humilhantemente o levaria à segunda divisão do futebol alagoano. Haja sofrimento!