Alagoas precisa de R$ 2,4 bilhões para investir na melhoria da saúde
O Plano Estadual de Saúde (PES) para o quadriênio 2016/2019 traz uma série de ações em suas diretrizes e metas para atender desafios em todas as regiões de saúde e garantir atendimento com qualidade a mais de 90% dos 3,3 milhões de alagoanos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
O investimento previsto no plano para os próximos quatro anos é de mais de R$ 2,4 bilhões – R$ 600 milhões a cada ano. O plano foi apresentado esta semana pela secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska, nas reuniões da Comissão Intergestores Regional (CIR) da 1ª e da 2ª Macrorregiões de Saúde, em Maceió, na segunda-feira – com participação de secretários de saúde de 56 municípios – e em Arapiraca, na terça, onde compareceram 46 secretários, gestores e técnicos da Sesau, entre outros.
O PES 2016-2019, que foi disponibilizado para consulta pública no portal da Sesau até a semana passada, ainda falta ser aprovado pelo Conselho Estadual de Saúde, o que deverá ocorrer até o mês de maio.
Formulado em dois eixos, 16 diretrizes e 181 metas, o plano prevê a reestruturação de toda a rede estadual de saúde. Nas reuniões da CIR, a secretária Rozangela Wyszomirska fez ver que a construção do plano se deu de forma ascendente e participativa, a partir das discussões nas quais foram apresentadas nos Planos Municipais de Saúde (PMS 2012-2017) dos 102 municípios do Estado e nas oficinas de Planejamento Integrado Regional, nas propostas da VIII Conferência Estadual de Saúde e no Plano Plurianual – PPA 2016/2019.
Novos hospitais
O plano prevê a construção de novos hospitais em Maceió, entre eles o Hospital Metropolitano, com mais de cem leitos, para beneficiar os moradores da parte alta da capital. Outra obra que vem sendo anunciada pelo governador Renan Filho e que faz parte do plano quadrienal da Sesau é a construção da Casa Maternal de Risco Habitual, ao lado da Maternidade Santa Mônica, no bairro do Poço.
Em Arapiraca, a gestora da Sesau anunciou, entre as ações previstas no PES, a construção de uma unidade hospitalar para a área clínica e de especialidades – inclusive psiquiátrica.
No programa de Redes de Atenção às Pessoas com Deficiência e de Atenção às Doenças Crônicas, o Plano Estadual de Saúde prevê muitas melhorias, assim como a criação de mais uma linha de cuidados voltados para os portadores de AVC (Acidente Vascular Cerebral), que vai desafogar a que existe no HGE e que tem dado resultados positivos, contribuindo para a redução do número de óbitos.
Com diretrizes, metas e indicadores traçados com base na análise situacional da saúde estadual e na atual política de governo, o PES prevê, ainda, o fortalecimento de programas e redes de urgência e emergência em unidades que são portas de entrada em várias cidades. Ou seja: os hospitais de pequeno porte, que precisam melhorar sua estrutura. Para as regiões em que não existem UPAs, está previsto a implantação de salas de estabilização.