Renan não conseguiu adiar reunião do PMDB
O que diz por lá, em Brasília, entretanto, é que o esforço será inútil, tanto que o presidente do Senado, Renan Calheiros, um dos próceres do partido, numa articulação com o ex-presidente José Sarney, não conseguiu com Michel Temer adiar a reunião do partido, marcada para a próxima terça-feira.
O presidente recém reeleito Michel Temer confirmou para a próxima terça-feira(29) a tão esperada reunião do diretório nacional que irá decidir se o partido sai ou fica na base de apoio à presidente Dilma Rousseff. Renan ficou, literalmente , “preso” em Brasilia no feriadão da Páscoa para ajudar a presidente Dilma na articulação “segura PMDB”.
De acordo com parlamentares que fazem oposição ao governo, 72 dos 119 diretorianos votarão a favor do rompimento. Michel aparentemente está neutro, mas só aparentemente.
No íntimo ele torce pelo rompimento pois está na expectativa de ser presidente, caso o Congresso aprove o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O único membro de Alagoas a compor no novo diretorio nacional é o deputado estadual Olavo Calheiros. O PMDB controla sete ministérios, mas os próprios ministros não parecem muito empenhados em evitar o rompimento do partido com o governo, salvo a ministra Kátia Abreu (Agricultura). Deverão votar fechados pelo rompimento os diretórios de Pernambuco, Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Acre, Espírito Santo e Paraíba. E Alagoas ficou na ala governista e ala governista do partido liderada pelo deputado Leonardo Picciani (RJ) tentou adiar a reunião para o dia 12 de abril, mas não houve jeito. O presidente Michel Temer manteve a data inicialmente acordada.