Lista da Odebrecht agita o Congresso mas não há prova de que era propina
A Polícia Federal divulgou nesta quarta-feira a lista de políticos que receberam recursos da Odebrecht para suas campanhas eleitorais. A lista tem cerca de 200 nomes, muitos deles com apelidos, de 20 diferentes partidos, tanto do governo quanto da oposição.
Mas, segundo o juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, não se pode afirmar, hoje, que o dinheiro recebido da empreiteira teve origem ilícita. As doações podem ter sido feitas de forma legal, como aliás estão alegando os alagoanos que estão na lista. A planilha foi apreendida na 26ª fase da Operação Lava Jato que foi um desdobramento da “Operação Acarajé” que levou à cadeia o marqueteiro João Mendonça e sua mulher Mônica Moura.
Dentre os nomes que constam da planilha, destacam-se: Aécio Neves (PSDB-MG), Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Renan Calheiros (PMDB-AL), José Sarney (PMDB-AP), Romero Jucá (PMDB-RR), Humberto Costa (PT-PE), Jaques Wagner, Eduardo Campos (PSB-PE), Geraldo Júlio (PSB-PE), etc.
Além dos valores repassados, constavam das planilhas alguns apelidos atribuídos a políticos. Por exemplo: Jaques Wagner (Passivo), Eduardo Cunha (Caranguejo), Renan Calheiros (Atleta), José Sarney (Escritor), Eduardo Paes (Nervosinho), Humberto Costa (Drácula), Manuela D’Ávila (Avião), Geraldo Júlio (Neto), Fernando Bezerra Coelho (Charada), Jarbas Vasconcelos Filho (Viagra), etc. Após as planilhas vazarem para a imprensa, o juiz Sérgio Moro decretou o seu sigilo e solicitou parecer ao Ministério Público parecer sobre o envio do documento ao Supremo Tribunal Federal.