Obama e Macri assinam acordos para combater a lavagem de dinheiro
Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Argentina, Mauricio Macri, assinaram nesta quarta-feira em Buenos Aires acordos em matéria de segurança, comércio e investimento. Ambos se encontraram em uma reunião na Casa Rosada, sede do Executivo argentino, em Buenos Aires.
Os novos pactos buscam aumentar a cooperação para “prevenir e combater o crime grave”, regular o “lugar de oficiais de segurança a bordo” e fomentar o comércio e o investimento entre ambos os países, informou a Chancelaria argentina em comunicado. A assinatura dos documentos faz parte de um pacote que inclui um memorando de entendimento entre a Unidade de Informação Financeira (UIF) da Argentina e o Financial Crimes Enforcement Network (FINCEN) dos Estados Unidos para prevenir a lavagem de dinheiro.
A visita de dois dias de Obama marca uma reaproximação depois de anos de relacionamento frio e é um sinal de apoio às reformas de Macri, que acenam aos investidores e objetivam abrir a terceira maior economia latino-americana. Depois da reunião, os presidentes iriam fazer pronunciamentos e dariam uma entrevista coletiva. Obama também irá depositar uma coroa de flores na Catedral Metropolitana de Buenos Aires, e se encontrar com jovens empreendedores antes de comparecer a um jantar de Estado.
O presidente francês, François Hollande, e o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, também visitaram a Argentina recentemente, mostrando rapidez em buscar um líder sul-americano cuja antecessora forjou laços mais fortes com Venezuela, Irã e China.
Ditadura – O Vaticano confirmou nesta quarta abertura dos arquivos relativos à ditadura militar na Argentina (1976-1983) por vontade do papa Francisco, indicou o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi. A abertura dos arquivos com cartas, relatórios da nunciatura, testemunhos e documentos sobre esses anos obscuros da história da Argentina fornecerá elementos importantes para esclarecer muitos casos de desaparecidos.
Organizações humanitárias e, em particular, as Mães e Avós da Praça de Maio solicitaram ao Papa a autorização para tal medida. A confirmação pelo Vaticano é anunciada na véspera do aniversário de 40 anos do golpe que deu início à sangrenta ditadura na Argentina, que deixou 30.000 desaparecidos, de acordo com agências humanitárias.
(Da redação)